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Justiça suspende análise de contas de candidata que apontou “laranjas”

Cleuzenir Barbosa foi pressionada pelo grupo do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a devolver recursos do Fundo Eleitoral

atualizado

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Turismo
1 de 1 Turismo - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A pedido da Procuradoria Regional Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) suspendeu nessa terça-feira (19/2) o processo de prestação de contas de Cleuzenir Barbosa, concorrente a uma cargo como deputada estadual pelo PSL-MG nas eleições de 2018. Ela denunciou ao Ministério Público o suposto uso de candidatas laranjas pelo partido.

Segundo Cleuzenir, o esquema seria liderado pelo grupo político do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, deputado federal eleito para segundo mandato e presidente estadual da sigla. Ao jornal Folha de S.Paulo, a ex-candidata disse que o atual ministro “sabia” do esquema denunciado por ela.

Ao MP, Cleuzenir relatou ter sido pressionada pelo grupo do atual ministro a desviar recursos do Fundo Eleitoral para efetuar despesas que não eram da campanha. Segundo ela, a suspensão da análise das contas é “normal” dentro de um processo de investigação. “Não tenho nada a temer.”

Na decisão, o juiz relator da ação, João Batista Ribeiro, afirmou que o procurador regional eleitoral informou a existência de procedimento para apurar “fatos que podem, em tese, constituir crime e ter implicações nessa prestação de contas”. Com isso, segundo o magistrado, “impõe-se a suspensão desse processo para aguardar o deslinde dos procedimentos instaurados pelo Ministério Público Eleitoral”.

Outros
Este é o segundo processo de candidatos do PSL de Minas suspenso por causa de investigação do Ministério Público. O primeiro foi em 13 de fevereiro e atingiu as contas da candidata a deputada federal Débora Gomes. Há pedidos para suspensão de análise de contas eleitorais de outras três candidatas: Naftali Tamar, Lílian Bernardino e Camila Fernandes — nenhuma delas se elegeu.

Nessa terça-feira, o Ministério Público de Minas enviou intimações a 20 pessoas, entre candidatos e colaboradores do ministro Marcelo Álvaro Antônio para que prestem depoimento.

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