Justiça nega habeas corpus a sargento preso com 39 kg de cocaína
Manoel Silva Rodrigues foi detido em Sevilha, enquanto acompanhava comitiva do presidente Jair Bolsonaro na Espanha
atualizado
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O presidente em exercício do Superior Tribunal Militar (STM), ministro José Barroso Filho, negou o pedido de habeas corpus da defesa do segundo-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 quilos de cocaína na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, na Espanha.
Os advogados pediam e a soltura do militar, argumentando não terem tido acesso ao número do Inquérito Policial Militar (IPM) nem ao processo contra o cliente. Mas, para o magistrado, não houve o “constrangimento ilegal ventilado pela defesa”.
Rodrigues foi preso no dia 25 de junho ao desembarcar em Sevilha. O segundo-sargento é comissário de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão.
No início de julho, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o sargento, eventuais ligações do militar com narcotraficantes e as circunstâncias que propiciaram a obtenção da droga.
Quando o sargento da FAB foi preso em Sevilha, o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, que havia ficado no Brasil exercendo a Presidência, classificou o militar como uma “mula qualificada”, devido à grande quantidade de drogas transportada.
Também no começo de julho, a defesa de Manoel Silva Rodrigues indicou que preparava um pedido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que o governo elaborasse requerimento de extradição do sargento para julgamento do militar no Brasil.