Justiça do Rio pede que Procuradoria e PF expliquem Cabral algemado
A juíza Caroline Vieira pede, “em caráter de urgência” que seja aberto um procedimento para apurar o uso de algemas e correntes
atualizado
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A 7ª Vara Federal Criminal pediu ao Ministério Público Federal do Rio (MPF) e a Polícia Federal (PF) que investigue o uso de algemas nas mãos e correntes nos pés do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (MDB), em Curitiba. No ofício enviado aos dois órgãos nesta segunda-feira (22/1), a juíza Caroline Vieira pede, “em caráter de urgência” que seja aberto um procedimento para apurar o caso.
“Solicito a Vossa Senhoria que informe a este Juízo, em caráter de urgência, acerca das condições em que ocorreu a transferência do preso Sérgio de Oliveira Santos Cabral Filho para o estabelecimento penitenciário localizado no estado do Paraná, em especial em relação à utilização de algemas e correntes, a fim de que este Juízo possa avaliar a configuração de possíveis excessos ou irregularidades durante o procedimento”, escreveu a juíza, que substitui o juiz Marcelo Bretas, que está de férias.
O juiz federal Sérgio Moro também intimou, nesta segunda (22), a Polícia Federal a “esclarecer o ocorrido e os motivos da utilização das algemas nas mãos e pés” do ex-governador, que foi levado algemado e acorrentado até o Instituto Médico-Legal de Curitiba.Cabral foi transferido da cadeia de Benfica, no Rio, onde estava preso, para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana da capital paranaense, por ordem judicial. O Ministério Público fluminense descobriu o que considerou luxos e regalias do ex-governador na prisão.
A defesa de Cabral enviou nota afirmando que “Sérgio Cabral está proibido de falar, com pés e mãos algemados. Esqueceram apenas de colocar o capuz e a corda. A defesa está indignada e estarrecida com tamanho espetáculo e crueldade”.