Justiça do Rio nega pedido de prisão domiciliar para Cristiane Brasil
Juíza também não acatou pedido do empresário Flavio Chadud, outro alvo da operação que prendeu ex-deputada
atualizado
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A juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Simone Faria Ferraz, negou o pedido de prisão domiciliar para a ex-deputada Cristiane Brasil, presa na segunda fase da Operação Catarata, em setembro. O empresário Flavio Chadud, outro alvo da ação, também não foi liberado para aguardar pelo julgamento em casa.
Na decisão, obtida pelo portal G1, a defesa da ex-deputada argumentou que ela sofre de “transtorno misto depressivo ansioso” e faz uso de medicamentos. Conforme os advogados de Cristiane, ela está em acompanhamento médico-psiquiátrico desde fevereiro de 2018.
A juíza não acatou o argumento, alegando que “não foi juntado aos autos qualquer relatório médico indicando se tratar de enfermidade crônica que integre grupo de risco para Covid-19”.
A defesa da ex-parlamentar divulgou nota afirmando se tratar de “tentativa clara de perseguição política”.
“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram”, disse. “Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai”, diz o texto, que menciona o também ex-deputado e condenado no escândalo do Mensalão, Roberto Jefferson, pai de Cristiane e presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
A defesa de Flavio Chaud, também por meio de nota, afirmou que o Tribunal de Contas Estadual não identificou prejuízos nos contratos investigados. Os advogados classificaram como “desnecessária e sem justificativa” a prisão do empresário.