Justiça determina retenção de passaporte de Carlos Wizard
A decisão determina que o documento seja apreendido pela PF tão logo Wizard chegue ao Brasil
atualizado
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A Justiça Federal de Campinas atendeu a um pedido do presidente da Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o senador Omar Aziz (PSD-AM), e determinou providências para a retenção do passaporte do empresário Carlos Wizard, um dos nomes investigados pela comissão e apontado como integrante do “gabinete paralelo” de assessoramento do governo durante a pandemia.
A decisão é da juíza Márcia de Souza e Silva de Oliveira.
“Nos termos da competência ditada pelo do artigo 109, IV, da Constituição Federal, esta Juíza determinou à Delegacia de Polícia Federal de Campinas as providências que se fizessem necessárias para conduzir coercitivamente o Senhor Carlos Wizard, apresentando-o perante o Senado Federal, com adoção de todos os procedimentos descritos no artigo 218, do Código de Processo Penal”, diz o texto.
“Na data de hoje, foi juntado aos autos o ofício 004/2021 – GAB/NIP/DPF/CAS da Delegacia de Polícia Federal, relatando as diligências efetuadas no sentido de localizar o Senhor Carlos Wizard, sendo certo que não se encontrava no endereço fornecido, tampouco no endereço de sua empresa, bem como anexado ao relatório a certidão de movimentos migratórios, dando conta que o Senhor Carlos Wizard saiu do Brasil em 30 de março de 2021 pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos – SP com destino à Cidade do México, não tendo retornado até a presente data”, continuou.
“Assim, após as informações prestadas pela Delegacia de Polícia Federal em Campinas, foi determinado o cumprimento da parte final do ofício encaminhado, qual seja, a retenção do passaporte do Senhor Carlos Wizard, tão logo ingresse em território nacional”, ordenou a juíza, que acrescentou que a decisão já foi devidamente encaminhada à Polícia Federal para cumprimento.
Busca
A decisão foi tomada após equipes da Polícia Federal comparecerem ao endereço de Carlos Wizard, em Campinas, para cumprir a condução coercitiva e levar o empresário para depor na CPI.
A CPI chegou a convocá-lo para depor na qualidade de testemunha. Ele, no entanto, alegou se encontrar nos Estados Unidos, e pediu para ser ouvido de forma remota, possibilidade rejeitada.
Nesta sexta, o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), transformou em investigados Wizard e outras 13 pessoas.