Justiça: deputado cobra que Bolsonaro mostre provas de “fraudes” na eleição
Sem provas, o presidente disse que deveria ter sido eleito ainda no 1º turno e que houve fraude
atualizado
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O deputado federal Célio Studart (PV-CE) apresentou nesta quinta-feira (30/04), à Justiça Federal do Ceará, uma ação popular para que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), apresente provas que diz ter sobre supostas fraudes nas eleições de 2018.
No último 9 de março, o chefe do Executivo disse que deveria ter sido eleito no primeiro turno. Na ocasião, ele afirmou também acreditar ter recebido mais votos no segundo turno do que o número que foi contabilizado. Ele disse que apresentaria provas, o que, passados quase dois meses, ele não apresentou.
Na ocasião, ele ressaltou que apresentaria as provas. Mas, até o momento, isso não ocorreu. Após as declarações, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou que tenha ocorrido fraude no pleito.
Assinada pelos advogados Márlon Reis, fundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, e Rafael Estorilio, a peça destaca que Bolsonaro influencia brasileiros que votarão nas eleições municipais de 2020, ao colocar a confiança da Justiça Eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas em xeque.
Na última terça-feira (28/04), após ser questionado pela imprensa em frente ao Palácio da Alvorada sobre a apresentação das provas, limitou-se a dizer que o faria juntamente com um projeto de lei sobre o tema. “Se eu não tivesse [as provas] eu não falaria, meu Deus. Eu sei do peso do que eu falo”, declarou.
Na ação, os autores destacam ainda que Bolsonaro tem feito críticas frequentes ao sistema de votação por meio da urna eletrônica, adotado no Brasil. “O presidente é um detrator contumaz da transparência deste sistema”, diz trecho do documento.