Justiça decreta prisão do presidente do PR e ex-ministro do transporte
Denúncia diz que ex-ministro e Garotinho praticavam caixa 2 juntos
atualizado
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A Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, norte Fluminense, também pediu a prisão preventiva de Antônio Carlos Rodrigues, presidente nacional do Partido da República (PR) e ex-ministro dos Transportes, na operação que levou à cadeia Anthony e Rosinha Garotinho nesta quarta-feira (22/11).
Segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral, ele e Anthony Garotinho, presidente estadual do PR, exerciam poder na condução de estratégias políticas e captação de recursos financeiros, “principalmente para a prática de caixa dois”.
O juiz Glaucenir Silva de Oliveira pediu o afastamento de ambos dos cargos exercidos no PR, para “cessar o perigo da continuidade de suas atividades ilícitas que, entre outras coisas, fraudam o processo eleitoral e as informações obrigatórias a serem prestadas à Justiça Eleitoral, com negativas e graves consequências ao processo eleitoral”.O juiz também pediu que os diretórios nacional e estadual fossem acionados “com urgência” da decisão. Oliveira argumentou que “é chegado o momento em que a sociedade brasileira clama por realização de Justiça, o que está intimamente ligado a luta contra a corrupção e os desvios do dinheiro público ou privado extorquido para satisfazer interesses pessoais de poderosos”.
“É dever de todos, e especialmente do Poder Judiciário, velar pela observância e manutenção do Estado Democrático de Direito, vez que os poderosos e acostumados a práticas ilícitas devem entender de uma vez por todas que ninguém está acima da lei e que toda transgressão do ordenamento jurídico merece consequências”, disse o juiz.
Além dos dois, foram expedidos mandados de prisão para a mulher de Garotinho, Rosinha Garotinho, Antônio Ribeiro da Silva, Suledil Bernardino, Thiago de Godoy e Fabiano Alonso.