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Juros altos são receitas do insucesso de um país, diz Pacheco

O presidente do Senado criticou falta de planejamento energético e econômico do país e ataques à democracia, sem mencionar nomes

atualizado

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Em um discurso com tom de candidato, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou o governo e o presidente Jair Bolsonaro (PL), sem mencioná-los, e afirmou que inflação e juros altos são receitas do insucesso da economia de um país. O parlamentar, todavia, ainda não se declarou pré-candidato à Presidência da República em 2022.

Em palestra da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), no Paraná, o parlamentar voltou a critica a falta de planejamento energético, que quase culminou numa crise mais grave do setor, e econômico, com inflação alta. “Problemas que não precisávamos estar convivendo”, disse, na terra de outro pré-candidato à Presidência, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

“A inflação batendo a nossa porta, assim como bate a porta a alta de juros e absolutamente nociva a produção do país. Juros alto é a receita do insucesso da economia de um país. Temos um problema de desemprego muito considerável e a desvalorização do real muito forte frente ao dólar, só em 2020 uma desvalorização de 30% frente ao dólar”, criticou.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A inflação oficial subiu 0,95% em novembro e chegou a 10,74% no acumulado de 12 meses, a maior desde novembro de 2003 (11,02%). Já a taxa básica de juros, a Selic, está em 9,25% ao ano, maior patamar desde 2017, quando atingiu o mesmo índice. Em março deste ano, o juros era de 2%.

“Um país dividido, polarizado, desunido que infelizmente é a receita maior ainda do insucesso”, disse Pacheco. “Chegamos até a cogitação de não termos eleições em 2022, em arroubos antidemocrático, indo para rua pedindo fechamento de instituição, volta da ditadura militar, ato institucional”, seguiu.

Jair Bolsonaro fez uma escalada de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e convocou apoiadores a comparecerem à Esplanada dos Ministérios e à Avenida Paulista, no ato de 7 de Setembro. Estimulado pelo presidente, apoiadores defenderam invasão ao STF e o retorno à ditadura. Em meio ao alto nível de tensão, Bolsonaro recuou.

“É muito importante termos respeito entre as instituições e aos poderes. Falar sobre fechamento ao congresso e ao Poder Judiciário não leva a democracia a lugar algum”, afirmou. O presidente do Senado destacou que “vivemos um momento de negacionismo da doença por alguns, o que é grave, mas também momento de negativismo”.

Programa social

Dois dias depois de promulgar parte da PEC dos Precatórios, o parlamentar disse que “o maior programa social de uma nação civilizada é o emprego”, mas, diante dos deficits do país, “é preciso da ajuda do Estado na vida das pessoas ainda”.

“O maior programa social de uma nação civilizada é o trabalho, o emprego, a pessoa ter condições de trabalho e autossustentar. Mas vivemos em um país desigual, com deficit em diversas áreas, como deficit de inclusão, de educação, sociais e culturais de diversas ordens. É preciso a ajuda do Estado na vida dessas pessoas ainda”, declarou.

O presidente do Senado listou diversos projetos aprovados neste ano pela Casa Alta e defendeu a aprovação da regularização fundiária e das reformas administrativa e tributária.

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