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Jungmann: transferência de Lula só pode ser autorizada na Justiça

“Visitas ao presidente Lula só quem pode autorizar é o juiz”, disse o ministro da Segurança Pública

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FABIO MOTTA/ESTADÃO
Entrevista com Ministro da Defesa Raul Jungmann, nesta manhã de sexta-feira  (22), no Pacio Duque de Caxias no Centro do Rio de Janeiro.
1 de 1 Entrevista com Ministro da Defesa Raul Jungmann, nesta manhã de sexta-feira (22), no Pacio Duque de Caxias no Centro do Rio de Janeiro. - Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (10/4) que a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), para uma sala de Estado-Maior em repartição militar, como avalia pedir a defesa do petista, depende de autorização unicamente da Justiça. Segundo o titular da pasta de Segurança, não há como o Executivo interferir no assunto.

“Quem concede esse direito, exclusiva e privativamente, é a Justiça… O governo não tem nenhuma ingerência nessa questão”, afirmou Jungmann, em entrevista dada a jornalistas após se reunir com secretários estaduais de Segurança Pública durante visita a uma feira de armamentos, equipamentos e dispositivos de segurança organizada na zona sul da capital paulista.

Jungmann negou que concordaria em flexibilizar regras de visitas ao ex-presidente, como chegou a relatar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. “Visitas ao presidente Lula só quem pode autorizar é o juiz”, disse o ministro, esclarecendo que deu aval apenas para que governadores, parlamentares e líderes petistas possam ir à Polícia Federal.

“Um imóvel público não pode fechar as portas às autoridades e àqueles que as representam. Agora, visita é com o juiz, não é conosco”, enfatizou.

Ainda de acordo com o ministro, por dever do cargo de chefe institucional da Polícia Federal, ele teve de manter contatos com representantes da Justiça; da defesa de Lula, incluindo o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo; e do próprio governo nas negociações em torno da entrega do petista, que se instalou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), após ter ordem de prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro.

Jungmann assinalou, porém, que não teve durante as negociações contatos nem com Lula nem com Moro.

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