metropoles.com

Julgamento vira palco para ataques ao MP

Até Gilmar Mendes, presidente da corte, sugeriu que o MP tentou interferir no TSE

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
julgamento da chapa Dilma Temer no TSE
1 de 1 julgamento da chapa Dilma Temer no TSE - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) virou palco para críticas abertas ao Ministério Público e às delações premiadas. Um dos motivos para as manifestações foi o pedido do vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino para que o ministro Admar Gonzaga fosse declarado impedido por ter advogado para a campanha de Dilma em 2010.

Como reação, o presidente da corte, Gilmar Mendes, sugeriu que o MP tentava coagir o tribunal. “O MP tem de se pautar pela lealdade processual. Ele não pode surpreender o tribunal. Esse fato não foi conhecido pelo Ministério Público neste momento, é preciso que o Ministério Público assuma o seu papel e respeite o tribunal.”

19 imagens
Flávio Caetano (E) e Gustavo Guedes, advogados
Gilmar Mendes, presidente do TSE
Herman Benjamin
Herman Benjamin e Ministra Rosa Weber, do TSE e do STF
1 de 19

Documentos chegam ao plenário do TSE

Michael Melo/Metrópoles
2 de 19

Flávio Caetano (E) e Gustavo Guedes, advogados

Michael Melo/Metrópoles
3 de 19

Gilmar Mendes, presidente do TSE

Michael Melo/Metrópoles
4 de 19

Michael Melo/Metrópoles
5 de 19

Herman Benjamin

Michael Melo/Metrópoles
6 de 19

Herman Benjamin e Ministra Rosa Weber, do TSE e do STF

Michael Melo/Metrópoles
7 de 19

Gilmar Mendes, presidente do TSE

Michael Melo/Metrópoles
8 de 19

Gilmar Mendes, presidente do TSE

Michael Melo/Metrópoles
9 de 19

Gilmar Mendes, presidente do TSE

Michael Melo/Metrópoles
10 de 19

Às 20h50, poucos manifestantes acompanhavam o julgamento por meio de um telão

Ian Ferraz/Metrópoles
11 de 19

Sede do TSE. Área: 115.578m². Força de trabalho: 985 servidores

Michael Melo/Metrópoles
12 de 19

O mundo político volta os olhos para o julgamento no TSE

Daniel Ferreira/Metrópoles
13 de 19

Jornalistas se preparam para o julgamento

Daniel Ferreira/Metrópoles
14 de 19

Fila para entrar no plenário da Corte

Daniel Ferreira/Metrópoles
15 de 19

Cartazes no lado externo do TSE

PMDF/Divulgação
16 de 19

Manifestantes cobram a saída de Temer

PMDF/Divulgação
17 de 19

No fim da tarde, havia dezenas de PMs destacados para reforçar a segurança em frente ao TSE

Daniel Ferreira/Metrópoles
18 de 19

Às 21h30, parte do efetivo começou a ser desmobilizado devido à baixa quantidade de manifestantes no local

Ian Ferraz/Metrópoles
19 de 19

Policiais em frente à sede do TSE

Ian Ferraz/Metrópoles

 

Gilmar disse que as instituições “têm de se conter, não podem usar poderes do Estado como selvagens”. Dino reagiu: “Não aceito a crítica. O MP não é réu nesta ação. Não há denúncia”. “Mas será feita”, respondeu Gilmar, exaltado.

Pouco depois, Gilmar continuou se direcionando ao vice-procurador: “O Estado de Direito não comporta soberanos. A mistura de delatores, infratores com o Ministério Público talvez esteja contaminando esse ambiente de maneira negativo, fazendo uma osmose que não condiz com a boa institucionalidade”.

Em nota divulgada no fim do dia, o Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) rebateu Gilmar Mendes. “Chocou a todos perceber como o simples e regular exercício das funções do Ministério Público, de maneira respeitosa, acarretou agressão intensa e continuada por parte do ministro Gilmar, em pelo menos duas oportunidades”, afirmou.

Admar Gonzaga defendeu seu direito de participar do julgamento. “Esse represamento tático não vai me constranger. Engana-se quem pensa que eu serei constrangido”, afirmou durante o julgamento. O ministro Tarcisio Vieira de Carvalho também defendeu seu colega: “A informação não poderia ser estocada para surpreender o tribunal”. Ambos foram indicados ao TSE neste ano por Temer.

As críticas ao Ministério Público e às delações premiadas partiram dos quatro ministros que votaram para absolver o presidente. Do outro lado, a ministra Rosa Weber elogiou o trabalho “excepcional” dos procuradores da República.

Exaltado, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho puxou a discussão sobre as delações premiadas e mencionou que foi alvo de uma notícia sobre a citação a seu nome em negociação da OAS. A matéria foi publicada pelo jornal Valor Econômico. O ministro também é citado na delação de executivos da JBS, o que ele considerou uma “mentira deslavada”.

Napoleão disse que precisou se explicar em sua igreja sobre o caso e, para isso, citou um provérbio islâmico: “Com a medida que medem serão medidos, e sobre eles que caia a ira do profeta” E, para ilustrar o que seria a ira do profeta, fez um gesto de degola. Durante seu voto, Napoleão voltou ao tema das delações para minimizar as provas trazidas ao processo.

Perícia. Durante os debates, Gilmar trouxe um tema alheio ao julgamento do TSE: a falta de perícia prévia no áudio entregue pelo delator Joesley Batista, do Grupo JBS, e usado em investigações no Supremo Tribunal Federal contra Temer.

Enquanto o ministro Herman Benjamin revelava um “bilhete” recebido do ministro Luiz Fux para simplificar o voto, o relator disse que Fux “fez um cálculo matemático de que levaria até 14 horas para eu ler meu voto, mas eu não confio muito porque não foi periciado o que ele disse”. Ao que o presidente do TSE retrucou: “Perícia vale. Agora até fita sem perícia vale”, disse.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?