Juíza Selma sobre cassação: “Intenções obscuras prevaleceram”

Em nota oficial divulgada depois de o Senado Federal confirmar, nesta quarta-feira (15/04), a sua cassação, a senadora Juíza Selma Arruda (Pode-MT) disse que “vontades políticas com evidentes intenções obscuras prevaleceram no seu julgamento”. Ela foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por caixa dois nas eleições de 2018.

“A Juíza Selma recebeu a notícia sobre a decisão da Mesa Diretora com respeito e tranquilidade, certa de que sempre pautou sua trajetória com retidão dos seus atos como magistrada e parlamentar”, diz a nota. Para ela, seu julgamento “feriu a soberania do sufrágio popular e a obediência aos princípios do contraditório e ampla defesa”.

Agora sem mandato, Selma informou que pretende se dedicar à advocacia e “lutar para que outros cidadãos não tenham seus direitos cerceados como ocorreu no seu caso”.

Selma foi cassada pelo TSE em dezembro de 2019 por caixa dois e abuso de poder econômico na campanha de 2018, com a confirmação de decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT). Atualmente, ela recorre do caso no TSE.

Histórico
Popular no Mato Grosso por ter condenado políticos de renome, como o ex-governador do estado Silval Barbosa (MDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva (PSD), Selma Arruda elegeu-se em 2018 pelo PSL, antiga sigla do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com a fama de “Moro de saias”. Em setembro, queixando-se de falta de apoio na legenda, ela migrou para o Podemos.