Juíza manda operador do PSDB preso pela Lava Jato ficar em São Paulo
Magistrada decidiu que Paulo Preto deve permanecer na PF até dia 27 para audiências em ação em que é acusado de desvios na Dersa
atualizado
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A juíza federal Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal em São Paulo, determinou que o operador do PSDB e Paulo Vieira de Souza permaneça na sede da Polícia Federal, na capital paulista, até o dia 27 de fevereiro. O ex-diretor da Dersa foi preso nesta terça-feira (19/2), alvo da fase 60 da Operação Lava Jato – Ad Infinitum – suspeito de movimentar R$ 100 milhões de propinas em contas na Suíça.
“Permaneça à disposição da 5ª Vara Federal Criminal para realização de audiências designadas até 27 de fevereiro de 2019, recolhido no setor de custódia da Polícia Federal de São Paulo”, informa documento anexado ao processo da Lava Jato.
Vieira de Souza, conhecido como homem da mala do PSDB paulista, foi preso preventivamente suspeito de receber R$ 100 milhões de propinas entre 2007 e 2017 em contas na Suíça.
A juíza federal Gabriela Hardt, substituta da 13.ª Vara Federal de Curitiba, decretou prisão preventiva de Paulo Preto, como é conhecido o ex-diretor da Dersa. Ele deveria ser transferido para a capital paranaense no final da tarde.
O esquema envolveria doleiros e operadores financeiros usados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. Entre eles, Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro José Novis – os dois últimos, delatores da Lava Jato. A AD Infinitum tem como ponto de partida os valores supostamente repassados ao ex-ministro e ex-senador Aloysio Nunes Ferreira – presidente da Investe SP, empresa do governo João Dória (PSDB), em São Paulo.
O alvo é acusado de desvios em contratos da Dersa, estatal paulista do setor de rodovias, em processo com audiências marcadas do processo para os dias 19, 20, 22, 25 e 27 de fevereiro, na 5.ª Vara Federal Criminal de São Paulo.