metropoles.com

Jucá marca votação de abuso de autoridade para depois do recesso

O senador acabou cedendo à pressão dos colegas e a votação só vai acontecer depois do recesso legislativo. A proposta chama atenção por muitos pontos coincidirem com reclamações de parlamentares que são investigados na Operação Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Presidente da comissão em que tramita o projeto de abuso de autoridade, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) acabou cedendo à pressão dos colegas senadores contrários ao projeto e remarcou, nesta terça-feira (12/7) a votação da matéria apenas para depois do recesso legislativo, em agosto.

A proposta, que é de 2009, voltou à pauta de votações após orientação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que reforçou, por mais de uma vez, sua intenção de votar o projeto até essa semana. A proposta chama atenção por muitos pontos coincidirem com reclamações de parlamentares que são investigados na Operação Lava Jato.

Para acelerar a tramitação do projeto, Renan enviou a matéria para a recém-instalada Comissão de Regulamentação da Constituição, da qual Jucá é o presidente. A proposta recebeu caráter terminativo, ou seja, se fosse aprovada pelo colegiado, que conta com apenas nove senadores, poderia seguir diretamente para a Câmara, sem a necessidade de passar pelo crivo do plenário do Senado.

Na manhã desta terça, Renan recuou da decisão e a Mesa Diretora do Senado acabou colocando a matéria em tramitação normal. Ainda assim, a ideia de que o projeto passasse apenas por uma comissão não agradou os senadores, que demonstraram interesse de que a matéria fosse mais discutida, especialmente na Comissão de Constituição e Justiça.

Antes mesmo da chegada de Jucá, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Simone Tebet (PMDB-MS) e Ana Amélia (PP-RS) já conversavam sobre seu posicionamento contrário ao projeto e articulavam para segurar a tramitação da proposta.

Durante a reunião, Jucá chegou a sugerir que o projeto tivesse vista coletiva de um dia e voltasse para a pauta de votação já amanhã. Insatisfeitos com a sugestão, todos do grupo pediram a palavra para falar contra a tramitação expressa do projeto.

“Essa é uma matéria carregada de controvérsia. Considero inconveniente essa matéria tramitar dessa forma. Não estamos indo por um bom caminho”, disse Ferraço. “Trata-se uma matéria sobre a qual não legislamos há 51 anos. Ela precisa ser legislada, mas é preciso que haja o debate”, argumentou Randolfe.

Apenas o senador Fernando Collor se posicionou a favor do projeto e de sua tramitação breve. Ciente da clara maioria que tinha contra ele, Jucá acabou cedendo e remarcando a votação. O senador agendou nova reunião para 16 de agosto, após o recesso legislativo do Congresso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?