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“Jucá deveria estar na cadeia”, diz Telmário ao entregar representação

Declaração é o último desenvolvimento de uma troca de farpas pública entre os dois senadores que teve início após a divulgação de conversa entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Imagem colorida do ex-senador Telmário Mota
1 de 1 Imagem colorida do ex-senador Telmário Mota - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao entregar na tarde desta terça-feira (24/5) a representação contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR) à Secretaria Geral da Mesa, o senador Telmário Mota (PDT-RR) devolveu ao adversário político o xingamento de “bandido” e disse que ele “deveria estar na cadeia”. No inicio da tarde Jucá havia usado o mesmo adjetivo para se referir ao pedetista.

“Jucá deveria estar na cadeia e só não está porque tem mandato”, disse. Telmário, que mais cedo protocolou uma denúncia contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), resolveu retirar o pedido e entrar com uma representação contra o peemedebista. Dessa forma, o senador pode ser punido com cassação e não com uma advertência ou censura, punições máximas previstas em uma denúncia.

No novo documento, o presidente do PDT, Carlos Lupi, assina a representação como representante do partido e Telmário como apoiador. O argumento é que Jucá, na gravação de uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, tentou obstruir a investigação da Lava Jato. No diálogo revelado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo, o senador dizia ser necessário “trocar o governo” para “estancar” a operação.

Ao protocolar a representação, que deve ser apreciada pelo Conselho de Ética do Senado, Telmário rebateu os ataques feitos mais cedo por Jucá contra sua esposa. Ao comentar a representação que era alvo, Jucá disse que a mulher de Telmário é foragida da Justiça e deveria ser presa.

“Ele vive na bandidagem e acha que todo mundo é bandido igual a ele”, disse o pedetista. Segundo Telmário, os processos contra sua esposa, condenada em segunda instância, ainda não foram encerrados. “Ainda estão analisando os habeas corpus impetrado por ela”, defendeu.

Próximos passos
Antes que a denúncia passe a tramitar no Conselho de Ética do Senado, é feita uma avaliação de admissibilidade pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), que tem até cinco dias úteis, a contar do recebimento do processo, para aceitar ou recusar o pedido.

Caso aceita, a denúncia será analisada pelo conselho após o sorteio de um relator. Caso rejeitada, cabe recurso ao plenário.

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