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Jorge Eduardo Naime, ex-chefe de Operações da PMDF, depõe na CPI do 8/1

Jorge Eduardo Naime, ex-chefe na PMDF, dará depoimento como testemunha na sessão da segunda-feira da CPI Mista sobre os ataques de 8/1

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Ex-comandante de Operações da PMDF e atualmente preso, coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro 4
1 de 1 Ex-comandante de Operações da PMDF e atualmente preso, coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro 4 - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A CPI do 8/1 ouvirá, nesta segunda-feira (26/6), Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Seu depoimento, como testemunha, dá sequência aos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, realizada no Congresso Nacional com participação de deputados federais e senadores, para investigar os atos golpistas ocorridos em Brasília.

Naime foi preso preventivamente em 7 de fevereiro, na quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele e outros policiais, detidos pela Polícia Federal, são investigados devido à atuação no dia dos atentados terroristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido da defesa do coronel e manteve sua prisão.

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O então comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime, corre na direção de manifestante
Naime agarra homem pelo pescoço no 8 de Janeiro
Com ajuda de outros PMs, coronel Naime derruba manifestante
Manifestante é contido
Coronel prende o manifestante no 8/1
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Ex-comandante de Operações da PMDF e atualmente preso, coronel Jorge Eduardo Naime

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Jorge Eduardo Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga no dia 8/1, sendo substituído dias antes pelo coronel Paulo José Ferreira. No dia dos atos antidemocráticos, Naime chegou a ir à Esplanada dos Ministérios, prendeu manifestantes e foi ferido por um rojão.

No dia 10/1, ele foi exonerado pelo então interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli.

O requerimento para ouvir Jorge Eduardo Naime é de autoria de Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI do 8/1 no Congresso Nacional. No documento, a parlamentar cita a importância de ouvir o coronel sobre a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília, ocorrida no dia 12/12 do ano passado. A comissão investiga a escalada golpista, a partir do resultado da eleição presidencial, no dia 30/10.

“Dentro da primeira fase de oitiva de testemunhas, pleiteia-se a inquirição do Senhor Jorge Eduardo Naime, exchefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, como testemunha, sob compromisso, dos atos ocorridos em Brasília no último dia 12 de dezembro. Pensa-se que o Senhor Jorge trará informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente Comissão”, justifica Eliziane.

Outro depoimento

Enquanto isso, está previsto para terça-feira (27/6) o depoimento de Jean Lawand Júnior, ex-subchefe do Estado Maior do Exército. O militar aparece em mensagens trocadas com Mauro Cid, supostamente estimulando o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro a seguir o caminho do golpe contra o resultado da eleição presidencial e, consequentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última quinta-feira (22/6), a CPI do 8/1 ouviu George Washington, preso por tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Brasília no dia 24/12. Ele, ouvido na condição de investigado, ficou em silêncio a maior parte do tempo. Num dos poucos momentos que falou, tentou dissociar os atos do dia 12/12 com a tentativa de explodir o aeroporto de Brasília e os atos golpistas de janeiro.

Como foi convocado na condição de testemunha, Jorge Eduardo Naime não terá a mesma premissa de ficar em silêncio.

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