Joice pede calma a deputados: “Governo não tem árvore de dinheiro”
A parlamentar sinalizou que as promessas de liberação de emendas e de recursos são para serem cumpridas até o fim deste ano
atualizado
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A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), pediu “calma” aos parlamentares que cobram do governo o cumprimento de uma série de promessas de liberação de recursos feitas para a aprovação da reforma da Previdência e da proposta que quebrou a chamada “regra de ouro”, permitindo o endividamento do governo para despesas obrigatórias (PLN-4). “O governo não tem árvore de dinheiro”, disse.
Para Joice, os parlamentares precisam entender que as promessas de liberação de emendas e de recursos para os programas sociais são para serem cumpridas até o fim do ano e é necessário entender que o governo “não tem uma árvore de dinheiro”.
“Há cobrança de parlamentares em relação aos acordos que foram fechados do PLN-4 e da Previdência. Agora, nós fechamos acordo para serem cumpridos durante o ano. Não para serem cumpridos em uma semana. Então, calma”, disse a líder, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio do Planalto.
As cobranças partem principalmente de deputados do chamado Centrão, grupo de partidos que reúne legendas como DEM, PP, PL, SD e PRB. Na semana passada, líderes desse bloco chegaram a levar a cobrança ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e se reuniram com o governo para tentar negociar a liberação de emendas.
A adesão desse grupo foi determinante para a aprovação da proposta apresentada pelo governo à Câmara e será necessária para as próximas estratégias do Planalto. Cerca de R$ 3 bilhões chegaram a ser negociados com o objetivo de aprovar a mudança na Constituição das regras para aposentadoria. Agora, o não cumprimento dos acordos emperra a articulação do governo no Congresso.
Joice tem trabalhado no sentido de conter os ânimos. “Reclamaram da questão do Minha Casa Minha Vida. Nós não vamos deixar o programa parar. Está tendo a liberação de dinheiro conforme o dinheiro entra no caixa”, informou a deputada.
“Foi isso que eu expliquei ontem para os parlamentares. Ninguém tem interesse de parar programa nenhum. Ninguém tem interesse que continue o contingenciamento da Educação. Conforme há dinheiro, a gente vai liberando. Mas os compromissos foram fechados para serem cumpridos até o fim do ano e não em uma semana ou um mês”, ressaltou.
“Senão fica impossível. O governo coloca todo dinheiro nessas áreas específicas e falta para o arroz com feijão. Falta para manutenção do governo, falta para a atenção básica à saúde”, argumentou a líder.