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Joice Hasselmann anuncia que vai ao STF para impedir CPI da Vaza Jato

De acordo com a líder do governo no Congresso, parlamentares “foram ludibriados” e querem retirar assinaturas do documento

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Assessoria da deputada Joice Hasselmann/Divulgação
entrevista Joice Hasselmann
1 de 1 entrevista Joice Hasselmann - Foto: Assessoria da deputada Joice Hasselmann/Divulgação

A líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta quarta-feira (18/09/2019) que vai entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Vaza Jato. Para ela, não existem fatos determinados e argumentos que levem a uma investigação do ex-juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública.

A deputada quer assegurar que deputados possam retirar a assinatura de apoio à CPI para investigar supostas irregularidades e desvios na condução da Operação Lava Jato.

De acordo com Hasselmann, vários deputados apresentaram requerimentos solicitando a retirada das assinaturas após o prazo regimental. A decisão final interna será do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Mais de duas dezenas de parlamentares foram ludibriadas no convencimento de que estavam colocando as suas assinaturas em uma peça que não refletia aquilo que a eles era explicado”, disse a parlamentar.

Segundo a líder do governo, esses deputados estão sendo reprimidos nas redes sociais. “Peço [a Maia] que considere nulas as assinaturas daqueles deputados que manifestaram publicamente o desejo de retirar seus nomes do requerimento para criação da CPI por vício de consentimento e vício de vontade”, afirmou.

Líder da Minoria rebate
A líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB), rebateu Joice. Segundo ela, as assinaturas para a CPI estão sendo coletadas há dois meses. “Se alguém foi enganado aqui, foi ela, que os liderados não informaram a ela que estavam assinando a CPI”. Jandira disse que compreende que o governo faça “ameaças e pressões indevidas sobre os deputados”, mas isso não seria motivo para dizerem que foram enganados.

“Mas jamais um deputado pode assumir um discurso que assinou uma comissão parlamentar de inquérito sem ler”, reagiu a líder da Minoria. “Acho que é subestimar a inteligência de um parlamentar dizer que ele foi induzido, enganado. Acho sinceramente um discurso muito ruim para o deputado assumir uma coisa dessa. No mínimo isso é leviano. Ninguém foi enganado”.

A CPI, segundo ela, é para apurar atitudes supostamente ilegais ou criminosas de Moro, Dallagnol e pessoas de sua equipe. “Isso ficou claro para todo mundo”, afirmou.

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