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Joesley presta depoimento na PF sobre inquérito que investiga Temer

Nesta quinta (15/2), os advogados defenderam no STF a legalidade do acordo de colaboração premiada do executivo

atualizado

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Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em São Paulo, na tarde desta quinta-feira (15/2), no inquérito que investiga o presidente da República, Michel Temer (MDB), sobre a edição do chamado Decreto dos Portos.

É a primeira vez que Joesley Batista é ouvido na investigação responsável por apurar se o presidente editou decreto que prorrogava contratos de concessão do Porto de Santos e favoreceria a empresa Rodrimar, a qual opera o local.

O inquérito começou em maio do ano passado e tem por base a delação premiada de Joesley e Ricardo Saud, ex-executivo da J&F. Em telefonemas gravados com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), auxiliares de Temer foram flagrados conversando sobre o decreto.

Um dos assessores grampeados foi o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-RS), famoso por ter sido flagrado carregando uma mala recheada com R$ 500 mil entregue a ele pela J&F e supostamente destinada a Michel Temer.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista estão presos na Superintendência da PF em São Paulo, desde setembro, a pedido da Justiça Federal, no âmbito do processo que apura se eles usaram informações privilegiadas da delação da JBS para operar no mercado financeiro.

Explicações ao Supremo
Também nesta quinta-feira (15), a defesa de Joesley Batista defendeu no Supremo Tribunal Federal a legalidade do acordo de colaboração premiada fechado com o Ministério Público Federal (MPF) em maio do ano passado.

A colaboração está suspensa temporariamente, até o Supremo decidir sobre pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o acordo seja rescindido. Segundo ela argumenta, Joesley e Ricardo Saud omitiram fatos e descumpriram cláusulas do termo de colaboração firmado com o Ministério Público Federal.

“Não é hora para arrependimentos. O pedido de rescisão não passa disso. Não há razão alguma para a ruptura!”, afirmou o advogado André Luís Callegari, na manifestação em nome de Joesley enviada nessa quarta (14) ao ministro do STF Edson Fachin. (Com informações da Agência Estado)

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