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Joesley Batista diz que pagou a Aécio R$ 50 mil de mesada por 2 anos

No total, foram repassados R$ 864 mil da conta da JBS para uma rádio do senador. Os comprovantes fazem parte da delação do empresário

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra Aécio Neves retorna ao Senado Federal após decisão do Plenário - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) comprovantes do pagamento de uma mesada de R$ 50 mil para o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os recibos fazem parte do acordo de delação premiada, aos quais a Folha de S.Paulo teve acesso, conforme matéria publicada nesta sexta-feira (20/4).

No total, de acordo com a reportagem, foram repassados R$ 864 mil da conta da JBS para a Rádio Arco Íris, afiliada da Jovem Pan em Belo Horizonte. Aécio vendeu a rádio para a irmã em 2016. Os pagamentos tiveram início em julho de 2015 e perduraram até junho de 2017.

Conforme depoimento de Joesley, o pagamento era uma maneira de “manter boa relação com o senador”, que tinha se saído bem nas últimas eleições para presidente e poderia ser eleito no próximo pleito.

Segundo contou Batista, Aécio Neves combinou a mesada diretamente com ele, durante um encontro no Rio de Janeiro, e alegou que a cifra era para “custeio mensal de suas despesas”. As notas fiscais acompanham os comprovantes de depósitos e têm como justificativa serviços de publicidade.

O advogado de Aécio disse à Folha que a acusação é falsa: “O senador jamais fez qualquer pedido nesse sentido ao delator, da mesma forma que, em toda a sua vida pública, não consta nenhum ato em favor do grupo empresarial”.

Senador réu
Esta não é a primeira acusação em desfavor de Aécio Neves vinda do empresário. Durante uma gravação apresentada por Joesley Batista, em seu acordo de delação premiada, o parlamentar pede R$ 2 milhões ao empresário.

Por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o tucano réu por corrupção e obstrução da Justiça, na última terça-feira (14). Também estão implicados, segundo a PGR, Andrea Neves, irmã de Aécio, Frederico Pacheco, primo do político, e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG) Mendherson Souza Lima, flagrado com dinheiro vivo. Os três foram acusados de corrupção passiva.

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