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Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda no lugar de Joaquim Levy

Valdir Simão deixa a Controladoria-Geral da União para assumir o Planejamento no lugar de Barbosa

atualizado

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Wilson Dia/Agência Brasil
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Foto: Wilson Dia/Agência Brasil
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O economista Nelson Barbosa, atual ministro do Planejamento, substituirá Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. O anúncio oficial é esperado para esta sexta-feira (18/12), no Palácio do Planalto. No lugar de Barbosa, entrará Valdir Simão, atual titular da Controladoria-Geral da União (CGU).

Os rumores sobre a saída de Levy do governo de Dilma Rousseff cresceram nos últimos dias depois da discordância do ministro e a equipe econômica sobre a meta fiscal para 2016.

Na quinta-feira, Levy participou de reunião no Conselho Monetário Nacional (CMN) e usou um tom de despedida ao encerrar ao encontro. Depois, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, praticamente admitiu a saída ao falar do que considerou seus maiores avanços.

Café da manhã
Pela manhã, Barbosa enviou uma mensagem de fim de ano a jornalistas na qual fez uma crítica à atuação do país no esforço fiscal, ao mesmo tempo que afirmou ter feito sua parte no ajuste que propôs. Na nota, o ministro não revelou se estava deixando o cargo.

Ao longo do ano, medidas de aperto fiscal propostas por Levy acabaram modificadas e abrandadas pelo Congresso Nacional. “Em alguma medida, a falta de maior sinalização de disposição mais imediata de esforço fiscal por parte do Estado brasileiro também piorou as expectativas dos agentes econômicos, inibindo decisões de investimento e consumo, com reflexos negativos no nível da atividade econômica e na geração de empregos, que poderão se estender por 2016”, disse o ministro.

“Eu e minha equipe fizemos o que foi proposto em janeiro, pelo menos naquilo que dependia de nós”, disse o ministro, ponderando que foi possível avançar em parceria com outros órgãos do governo e especialmente com o Congresso. “O tempo saberá mostrar os resultados que se colherão de tudo que foi feito até agora”, afirma.

Levy disse ainda que chega ao fim de 2015 preocupado com a situação do País, mas mantém confiança na capacidade de recuperação da economia. “Seria uma injustiça comigo, com minha equipe e com a presidente Dilma Rousseff achar que o País enfrenta uma recessão pelo fato de termos proposto e, em alguma medida, já implementado um ajuste fiscal”, disse.

O ministro também afirmou que a votação da meta de superávit primário para 2016 nesta semana traz uma sinalização importante. Ele ponderou que o cumprimento da meta, aprovada sem a permissão de abatimentos, exigirá novas receitas. De acordo com Levy, isso será mais difícil agora que o governo não conseguiu que as MP 692 e 694, com medidas de ajuste do imposto de renda, fossem votadas este ano.

 

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