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Janaina Paschoal incentiva assessores a denunciarem parlamentares

As declarações da advogada vêm após a polêmica da movimentação atípica de R$ 1,2 milhão envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL)

atualizado

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Janaina Paschoal
1 de 1 Janaina Paschoal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP) defendeu no Twitter que assessores parlamentares tenham garantias e incentivos para denunciarem políticos que os contratam e ficam com parte de seus salários. Para Janaina, a prática deve ser coibida: “A lógica da contratação precisa ser a capacidade do contratado e não a disponibilidade em dividir seus ganhos com o chefe.”

As declarações da advogada vêm após a polêmica da movimentação atípica de R$ 1,2 milhão envolvendo o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) e um ex-assessor do político na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Sem citar o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e destacando que se refere à prática e não ao caso em si, ela afirma que “se os investigadores quiserem mesmo chegar a algum lugar, precisam dar alguma garantia aos assessores, para que eles falem”.

Confira a postagem da futura parlamentar (clique para ler toda a sequência):

“Nós precisamos falar sobre isso”, escreveu Janaina. “Precisamos entender que alguns hábitos não são naturais, não fazem parte… ou nunca sairemos desse lamaçal. Um sistema só funciona quando há incentivos ao comportamento lícito”, acrescentou.

A deputada estadual eleita afirma que a prática é prejudicial, pois faz com que parlamentares busquem cada vez mais pessoas não capacitadas e que “se submetam” a lhes entregar parte de seu salário. “Esse tipo de prática é bem mais deletéria do que parece, pois, com o tempo, o parlamentar para de procurar pessoas competentes e passa a buscar pessoas rasas e inseguras, que se submetem”, apontou.

O caso
Semana passada, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica envolvendo o ex-assessor Fabrício José Carlos de Queiroz. O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão 10 deputados estaduais da Alerj.

O Coaf informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira” do ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro. Queiroz foi exonerado em outubro.

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