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“Já temos 40 denúncias prontas”, diz Aras sobre terroristas

Em encontro com Arthur Lira, Aras deu prazo até a próxima sexta para que as denúncias sejam “associadas”. Poderá haver medidas cautelares

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O procurador-geral da República conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Ambos estão sentados à mesa - Metrópoles
1 de 1 O procurador-geral da República conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Ambos estão sentados à mesa - Metrópoles - Foto: Leonardo Prado/SECOM/MPF

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu, nesta segunda-feira (16/1), com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para entregar uma notícia-crime com informações sobre os atos de terrorismo registrados no Congresso Nacional, em 8 de janeiro.

Na fala, durante o encontro, Aras afirmou que já existem 40 denúncias prontas contra os terroristas que atuaram no ato de depredação dos prédios dos Três Poderes. No dia 8 de janeiro, revoltados, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram o Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e a Câmara dos Deputados.

“Hoje, já temos 40 denúncias prontas e associaremos até sexta-feira as novas denúncias que poderão ser acompanhadas de medidas cautelares para essas pessoas que foram presas depredando e invadindo a Câmara. Se não houver a denúncia, teremos os inquéritos”, afirmou Aras.

“Nossa grande preocupação é que fatos como esse não voltem a se repetir jamais, porque você sabe que a democracia tem um preço caro. Precisamos sempre ter a conversa, formar um consenso social através do diálogo permanente”, completou o procurador-geral.

Lira, por sua vez, disse “esperar que o MPF cumpra o seu papel”. “E promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa dos atentados sofridos pelas instituições. O mínimo que podemos exigir é que essas pessoas sejam investigadas “, acrescentou.

Atos terroristas

Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, terroristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde de domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas Eleições 2022.

Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e forçar a entrada no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão receberam ameaças.

O último alvo dos manifestantes extremistas foi o STF. O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.

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