Ivan Monteiro, da Petrobras, é cotado para assumir o Banco do Brasil
Atual presidente da estatal permanece no cargo até a nomeação de Roberto Castello Branco para o comando da petroleira, em janeiro
atualizado
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O futuro governo deseja que o atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, permaneça na administração Jair Bolsonaro. Há conversas para que ele assuma o comando do Banco do Brasil. A proposta foi feita a Monteiro pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
Caso essa negociação se confirme, o comando da Caixa poderia ficar nas mãos de Rubem Novaes, ex-diretor do BNDES e professor da FGV, ou de Pedro Guimarães, sócio do Banco Brasil Plural, explicou uma fonte que tem conhecimento direto das tratativas.
Na manhã desta segunda-feira (19/11), foi confirmado pela assessoria de Guedes que o economista Roberto Castello Branco aceitou o convite para assumir o comando da estatal petroleira. A informação foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A Petrobras enviou nota ao mercado nesta segunda em que confirma que Ivan Monteiro deixará a companhia a partir de 1º de janeiro de 2019.
O trabalho de Monteiro à frente da Petrobras era bem avaliado por Guedes e havia disposição para que ele seguisse no comando da petroleira. Ivan Monteiro mostrou-se, contudo, reticente em permanecer por mais um período na estatal.
De acordo com relato feito à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, ele argumentou a Guedes que o trabalho de reestruturação financeira já havia sido feito na companhia e descreveu o desgaste a que se submeteu nos últimos anos como empecilho para sua confirmação.
Minas e Energia
Com a manutenção do Ministério de Minas e Energia (MME) separado do de Infraestrutura no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a equipe de transição deve definir nesta semana o nome para assumir a pasta. Os mais cotados são o ex-secretário executivo do MME Paulo Pedrosa e o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
Enquanto Pedrosa tem o apoio do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, e do setor privado, Pires conta com a simpatia do ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, que vai ocupar a Casa Civil; do atual ministro da pasta, Moreira Franco; do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone; além de políticos que atuam na área, como os deputados Leonardo Quintão (MDB-MG) e José Carlos Aleluia (DEM-BA).
O Ministério de Minas e Energia tem uma das agendas econômicas mais importantes para o governo nos próximos anos, pois será a responsável pelo megaleilão de óleo excedente do pré-sal, que deve render R$ 100 bilhões, e pelas tratativas em relação ao futuro da Petrobras e da Eletrobras. Pela importância da área, os militares próximos a Bolsonaro decidiram manter o MME separado da Infraestrutura e querem escolher um nome técnico para o cargo.