Itamaraty promove palestra de Eduardo Bolsonaro sobre relação com EUA
Evento foi divulgado na página da fundação de estudos do MRE. Filho do presidente falará sobre vantagens do alinhamento aos norte-americanos
atualizado
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A Fundação Alexandre Gusmão, entidade pública de estudos vinculada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), exibirá, nesta terça-feira (11/8), uma palestra do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A entidade, que tem entre seus objetivos promover atividades culturais e pedagógicas no campo das relações internacionais, tem se mostrado um canal aberto para influenciadores bolsonaristas e olavistas darem palestras.
O deputado vai abordar o tema do “resgate da relação Brasil-Estados Unidos e seus benefícios”, de acordo com o convite divulgado nesta segunda-feira (10/8) na página da entidade.
Eduardo fará a palestra na condição de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Bate-boca
Na semana passada, Eduardo Bolsonaro foi criticado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos, o democrata Eliot Engel, depois de ter usado suas redes sociais para fazer campanha para o atual presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump. Eduardo havia compartilhado um vídeo de apoio a Trump e com a legenda: “Trump 2020”.
Engel, no perfil oficial da comissão presidida por ele, retuitou a publicação de Eduardo e comentou: “Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro deve ficar FORA das eleições dos EUA“.
“We’ve seen this playbook before. It’s disgraceful and unacceptable.
The Bolsonaro family needs to stay OUT of the U.S. election.”
-Chairman @RepEliotEngel https://t.co/VZtcWLfUFN— House Foreign Affairs Committee (@HouseForeign) July 27, 2020
Eduardo rebateu as críticas do democrata, lembrando de mensagem de apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao venezuelano Nicolás Maduro.
“O que acontece nos EUA repercute no mundo e é inaceitável cobrar de mim uma posição não de neutralidade, mas de omissão, já que quando Lula, Chávez, Maduro, Evo, Kirchner, Correa, Bachelet e Castros se apoiavam mutuamente ninguém falava nada. Essa omissão sim gerou ditaduras“, escreveu o deputado.
“O problema é eu opinar sobre as eleições nos EUA? Ou é apoiar Trump?“, questionou Eduardo em outra publicação.