Itamaraty diz que governo negocia importação de vacinas dos EUA
Informação é divulgada um dia após presidente do Senado enviar à vice-presidente dos EUA pedido para liberação ao Brasil de doses estocadas
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou neste sábado (20/3), por meio do Twitter, que o governo brasileiro negocia a importação de vacinas contra a Covid-19 “do excedente disponível” nos Estados Unidos.
A informação foi divulgada um dia após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviar à vice-president, Kamala Harris, pedido para liberação ao Brasil de doses estocadas nos EUA.
Desde o dia 13/3 o governo brasileiro, através do Itamaraty e da Embaixada em Washington, em coordenação com o Ministério da Saúde, está em tratativas com o Governo dos EUA para viabilizar a importação pelo Brasil de vacinas do excedente disponível nos Estados Unidos.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) March 20, 2021
Procurado, o Itamaraty não detalhou quais vacinas fazem parte da negociação nem o número de doses.
A carta enviada por Pacheco se refere a doses da vacina da Oxford/AstraZeneca que ainda não foi aprovada para uso nos Estados Unidos, mas que já possui registro definitivo no Brasil expedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na carta encaminhada à vice-presidente americana, que também acumula a função de presidente do Senado, Pacheco fala em “angústia e sofrimento” de famílias brasileiras diante do recrudescimento da pandemia de coronavírus e destaca “dois séculos de frutuoso relacionamento” entre Brasil e Estados Unidos.
“Tenho a honra de me dirigir a Vossa Excelência, em nome do Congresso Nacional, o pleito de que seja considerada, pelas autoridades norte-americanas competentes, a eventual concessão de autorização especial que permita a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem a previsão de serem utilizadas localmente”, apela Pacheco.
Os EUA têm milhões de doses do imunizante armazenadas e discutem a possibilidade de enviá-las a outros países. Segundo o presidente do Senado, a autorização de importação das doses dos EUA “daria impulso decisivo ao esforço de imunização dos 210 milhões de brasileiros”.