Irmãos Weintraub simulam prisões em suposto Brasil comunista de 2040
O vídeo foi apresentado durante a Cpac 2021, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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Um vídeo produzido pelos irmãos Weintraub para a Cpac 2021, encontro da direita conservadora, mostra uma previsão do futuro de um Brasil comunista.
Na peça, Abraham e Arthur encenam um diálogo durante o ano de 2040. O ex-ministro da Educação e o ex-assessor especial da Presidência falam que a direita perdeu as eleições e que o Brasil, na referida época, está passando por uma unificação de todos os “países da América do Sul em uma única república socialista”.
No diálogo ensaiado, eles também afirmam que durante o período em que passa a conversa foi criado um “ministério da verdade”, como sátira às recentes investigações abertas para combater fake news e ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF). O “ministério da verdade” é um termo usado no clássico 1984, do autor de distopias, o inglês George Orwell, que representa um órgão que recriava as informações, de modo que tudo ficasse de acordo com as pautas do governo.
Em vídeo “do futuro”, irmãos Weintraub prevêem vitória de @LulaOficial com 99% dos votos, @felipeneto ministro do STF e @jeanwyllys_real como ‘ministro da verdade’.
Na peça apresentada em conferência conservadora, Arthur e Abraham Weintraub também simulam as próprias prisões. pic.twitter.com/wegzxO9p5Y
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) September 4, 2021
Eles ainda ironizam que durante o referente ano teria havido uma indicação do youtuber e influencer Felipe Neto para a presidência do STF, assim como a nomeação de PC Siqueira como ministro da Educação. Ao fim do vídeo, os irmãos aparecem amordaçados com uma fita isolante e tentam conversar um com o outro.
O Cpac Brasil 2021 é um convenção que reuniu a direita conservadora do país. Além da participação não prevista do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o evento que começou na sexta-feira (3/9) também contou com nomes como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Felipe Barros (PSL-PR), do ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, do secretário de Cultura, Mario Frias, e dos ex-ministros do Meio Ambiente Ricardo Salles e das Relações Exteriores Ernesto Araújo. Além de várias figuras e influenciadores simpatizantes ao governo federal.