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Investigação suíça sobre Cunha pode virar nova denúncia no STF

Também são investigados os lobistas Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e João Augusto Henriques

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Valter Campanato/Agência Brasil
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1 de 1 Valter Campanato/Agência Brasil - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A investigação suíça sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode virar uma nova denúncia contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). Procuradores aguardam o recebimento da documentação coletada pelas autoridades suíças para analisar o caso.

A indicação inicial é que como o procedimento corre desde abril na Suíça, com identificação das contas e valores, o caso já está avançado e pode virar uma acusação formal diretamente, sem precisar passar pela fase de inquérito no Brasil. A documentação completa obtida pela Suíça em investigação criminal instaurada contra o deputado ainda não chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Até agora, procuradores receberam a comunicação oficial de que a Suíça abriria mão da possibilidade de processar o deputado para remeter o caso ao Brasil. Receberam parte das informações sobre o caso – como os beneficiários dos depósitos feitos na Suíça. Ainda são aguardados, contudo, todos os dados da investigação.

O material completo, que inclui as tabelas de depósitos e a checagem das contas, pode demorar uma semana para chegar ao país e será encaminhado à PGR via Ministério da Justiça. Quando chegarem ao Brasil, as informações serão traduzidas e analisadas para, então, serem encaminhadas ao Supremo.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou, nesta quinta-feira (1º/10), a Suíça congelou perto de US$ 5 milhões em nome de Cunha e de parentes do deputado. A PGR não confirma os valores bloqueados. Desde abril, o escritório do Procurador-Geral da Suíça apura informações enviadas por um banco do país no qual foram realizados os depósitos em nome de Cunha e de parentes do deputado.

Também são investigados na suíça os lobistas Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e João Augusto Henriques, supostos operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Na sexta-feira passada, Henriques revelou à Polícia Federal que abriu uma conta na Suíça para pagar propina ao presidente da Câmara, por um contrato da estatal relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África.

Cunha já é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República ao STF por envolvimento na Lava Jato. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, com base em suposto recebimento de propina no valor de US$ 5 milhões proveniente de contrato de aluguel de navio-sonda pela Petrobras.

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