“Intervenção não foi um ato contra as corporações”, diz Dino em homenagem às forças de segurança
Representantes do governo Lula, como o ministro Flávio Dino, prestaram homenagem às forças que atuaram na Praça dos Três Poderes
atualizado
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Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, participou, nesta sexta-feira (13/1), de uma solenidade em homenagem aos profissionais que contribuíram para a defesa da democracia durante os atentados terroristas cometidos em Brasília, no último domingo (8/1). Os ataques levaram à depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
“O presidente Lula deseja um país em paz. Paz não significa se curvar a uma lógica do vale tudo. Não significa aceitar a lei do mais forte”, afirmou Dino.
O ministro também fez uma avaliação sobre a intervenção de Lula na segurança do Governo do Distrito Federal (GDF), afastando o governador Ibaneis Rocha do cargo:
“A intervenção federal não foi um ato contra as corporações do DF, mas em apoio a elas a ao sistema de Justiça do DF. O que desejamos é que essa intervenção, como dito no decreto presidencial, seja temporária e mais breve possível. A União exige uma segunda palavra: justiça”, destacou.
“Deus abençoou o Brasil, e não tivemos nenhuma morte. Poderíamos ter tido. Quem olhou o ódio materializado nos objetos viu o ódio contra as pessoas. O ódio a uma cadeira era ódio a quem senta nela. O ódio a um gabinete era ódio a brasileiros e brasileiras”, acrescentou o ministro da Justiça e Segurança Pública.
“(Os atos de terrorismo) Não são videogame. Há gente que veio para cá pensando que se tratava de um jogo e que a pessoa tem cinco vidas”, destacou Dino.
No fim do discurso, Dino ergueu a mesma réplica da Constituição furtado pelos terroristas durante os ataques na Praça dos Três Poderes.
“PMDF está machucada”
Além do titular da pasta, estão presentes no evento o interventor federal da Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A cerimônia ocorre no Auditório Tancredo Neves, no mezanino do Palácio da Justiça, em Brasília.
“A PMDF não está feliz, a PMDF está machucada pelo que aconteceu na noite do dia 8. O momento do país exige muito equilíbrio. Tenho plena confiança na PM, nos homens e mulheres valorosos da PMDF”, disse Cappelli.
A homenagem inclui policiais militares e civis do Distrito Federal. A PMDF vem sendo alvo de críticas por ser acusada de ter sido ineficaz na defesa dos órgãos públicos federais. A corporação distrital é a segunda mais bem paga do país, além de ser mantida pelo fundo constitucional.
Corpo de Bombeiros, Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Departamento de Trânsito (Detran), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) também serão reconhecidos pela atuação diante dos atos terroristas no Distrito Federal.