Interferência na PF: Bolsonaro diz que Moro fez “denunciação caluniosa”
Presidente voltou a atacar o ex-ministro da Justiça, ao qual se referiu como “aquele cara”, e diz que aguarda processo
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, ao qual se referiu como “aquele cara”. Em transmissão virtual pelas redes sociais, nesta quinta-feira (15/10), o chefe do Executivo federal disse que é alvo de “denunciação caluniosa” por parte do ex-aliado.
A fala ocorreu enquanto o atual chefe da pasta, André Mendonça, afirmou que “não há, não se deve e não se irá” promover interferências no comando da Polícia Federal – acusação que Moro apresentou contra o presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Ainda me acusam naquele processo lá daquele cara [Moro], de interferência na PF. Não acharam nada [que comprove interferência]. Eu considero uma denunciação caluniosa, vamos esperar o processo chegar para ver o que faremos”, ressaltou Bolsonaro.
Recentemente, Moro pediu formalmente a redistribuição imediata do inquérito que apura suposta interferência do presidente Bolsonaro na PF.
A manifestação ocorreu diante da aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que era o relator da matéria. Moro pediu que o inquérito seja redistribuído antes mesmo da sabatina do indicado ao posto, Kassio Nunes Marques, escolhido pelo presidente, prevista para ocorrer em 21 de outubro.
O ex-decano era relator da acusação movida por Moro contra o chefe do Executivo. Antes de deixar a Corte, Celso de Mello votou a favor de que o depoimento de Bolsonaro seja feito presencialmente. O STF adiou o julgamento.