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“Inaceitáveis”, diz futuro ministro de Lula sobre atos de vandalismo em Brasília

Veículos populares e ônibus foram incendiados em Brasília. Flávio Dino criticou vandalismo e atos violentos de bolsonaristas

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Senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino, dá entrevista ao Metrópoles. Ele ajeita os óculos na foto - Metrópoles
1 de 1 Senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino, dá entrevista ao Metrópoles. Ele ajeita os óculos na foto - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Flávio Dino (PSB), futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou que os atos de vandalismo praticados por manifestantes bolsonaristas no começo da noite desta segunda-feira (12/12) em Brasília são “inaceitáveis”.

“Inaceitáveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da Polícia Federal em Brasília. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabíveis, jamais praticar violência política”, disse o ex-governador do Maranhão.

Dino ainda afirmou que tem mantido contato com membros do governo do Distrito Federal, a fim da “garantia de ordem pública”. Na publicação, o ministro ainda pontuou que a segurança de Lula “está garantida”, uma vez que parte dos manifestantes se direcionaram ao hotel onde o presidente eleito está hospedado na capital federal.

Temos dialogado com o GDF, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas. A segurança do presidente Lula está garantida. As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei”, salientou Flávio Dino.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou à coluna Grande Angular, do Metrópoles, que vai reforçar o policiamento e prender os vândalos que tentam invadir a PF.

Tentativa de invasão à PF

Vestidos com camisetas da Seleção Brasileira, os manifestantes danificaram dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação e queimaram, pelo menos, cinco ônibus. Para tentar impedir a depredação, policiais reagiram disparando tiros de balas de borracha e lançando bombas de efeito moral.

Alguns bolsonaristas justificaram o ato alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”. Trata-se do Cacique Tserere, um líder indígena apoiador de Bolsonaro. Bastante conhecido entre aqueles que estão há dias no QG do Exército pedindo intervenção militar. Tserere costuma fazer discursos inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Revolta começou após PF prender indígena bolsonarista a mando de Moraes

Vídeos mostram alguns dos manifestantes armados com pedaços de paus correndo em direção à sede da Polícia Federal. Um homem que participava da manifestação declarou que ônibus com mais bolsonaristas chegariam para reforçar o ato. Um deles, muito exaltado, gritava: “Eu posso morrer aqui hoje, não tem problema, não”.

Diante do clima tenso, a corporação pediu reforço. A Polícia Militar do DF (PMDF) usou spray de pimenta para espantar o grupo. Com o conflito, os arredores da PF aparentavam clima de batalha, com pedaços de paus e pedras espalhados por todos os lados. Por conta do cenário de guerra, a W3 Norte precisou ser fechada na altura do Brasília Shopping. O centro comercial, inclusive, precisou ser evacuado em função do ambiente hostil.

Veja vídeos:

Aliados de Lula criticam atos

Em seu perfil no Twitter, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou as ações como “criminosas” e acusou o presidente de ter influência direta sobre os atos.

Aliado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o também senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que as pessoas responsáveis pelas ações precisam ser punidas.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) também manifestou preocupação com as ações orquestradas por bolsonaristas.

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