Imprensa estrangeira repercute saída de Teich do Ministério da Saúde
Substituto de Luiz Henrique Mandetta (DEM), o médico não chegou a completar um mês à frente da pasta
atualizado
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A imprensa estrangeira repercutiu nesta sexta-feira (15/05) a saída do médico Nelson Teich do Ministério da Saúde. Ele deixou a pasta antes de completar um mês no cargo, devido às divergências com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre o uso da cloroquina.
Segundo o jornal The New York Times, a motivação para a saída de Teich do Executivo foi motivada também pela defesa do isolamento social geral. Bolsonaro defende publicamente o isolamento vertical, quando apenas pessoas do grupo de risco ficam em casa.
Já o britânico The Guardian ressaltou que Teich foi o segundo ministro da Saúde em menos de 30 dias durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo o jornal, logo após a nomeação, parecia que o ex-ministro seguia a mesma linha do presidente da República acerca do tema.
“Ao assumir o cargo, Teich inicialmente pareceu seguir a linha de Bolsonaro, argumentando que o fortalecimento da economia brasileira era tão importante quanto controlar o crescente número de mortes na pandemia”, escreveu.
Entretanto, com o passar dos dias e o aumento no número de casos, o médico passou a discordar do chefe do Executivo: “Mas, nas últimas semanas, Teich havia discordado cada vez mais de Bolsonaro sobre o isolamento social e o uso do cloroquina para o tratamento da malária no tratamento do coronavírus”.
Segundo o jornal espanhol El País, ficou evidente o desgaste na relação entre o presidente e o ex-ministro quando Teich foi avisado pela imprensa que Bolsonaro decidiu autorizar a reabertura de salões de beleza e academias durante a crise da Covid-19.