Impeachment: “Absolutamente tranquilo sobre minha inocência”, diz Witzel
Assembleia Legislativa do RJ aceitou abertura de processo contra o governador do Rio de Janeiro nesta quarta-feira, por 69 votos a 0
atualizado
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou, nesta quarta-feira (10/06), que recebe “com espírito democrático” a aceitação de processo de impeachment contra ele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). No plenário, a votação da ação que pode resultar na sua saída do cargo foi unânime – 69 votos a 0.
“Estou absolutamente tranquilo sobre minha inocência”, disse ele no Twitter. “Humildemente, demonstrarei que nosso governo não teve tolerância com as irregularidades elencadas no processo que será julgado.”
Recebo com espírito democrático o início da tramitação do processo de impeachment pela Alerj. Estou absolutamente tranquilo sobre a minha inocência. Humildemente, demonstrarei que nosso governo não teve tolerância com as irregularidades elencadas no processo que será julgado.
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) June 10, 2020
Na Assembleia, o pedido não precisava ter sido votado, já que cabe ao presidente da Casa, André Ceciliano (PT), acatar ou não o pedido de impeachment. Ele, contudo, submeteu o processo à análise dos deputados estaduais, que foram todos pela abertura: apenas Rosenverg Reis (MDB) se ausentou.
No total, havia 14 processos contra Witzel na Alerj – o aceito foi apresentado pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, do PSDB, sob acusação de crime de responsabilidade.
Agora, a autorização para a abertura será publicada no Diário Oficial, dando prazo de 48 horas para os partidos indicarem os representantes de uma comissão especial que vai analisar a denúncia. O governador terá direito, então, a se defender em até dez sessões.
Placebo
Witzel foi alvo, no dia 26 de maio, da Operação Placebo, que apura indícios de desvios na instalação de hospitais de campanha no estado. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência oficial do governo, o Palácio das Laranjeiras, e na antiga casa de Witzel, que teve computadores e telefones apreendidos.