metropoles.com

“Hoje está começando a semana da vergonha nacional”, diz Lula

A uma plateia de trabalhadores do setor naval, Lula afirmou que o afastamento da presidente agride diretamente os seus eleitores e afeta o mercado de trabalho.

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Lula participou de  manifestação contra o impeachment  – Brasília – DF 16/04/2016
1 de 1 Lula participou de manifestação contra o impeachment – Brasília – DF 16/04/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em ato na porta do estaleiro Eisa PetroUm, em Niterói (RJ), o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “hoje está começando a semana da vergonha nacional, com a tentativa de impeachment de Dilma (Rousseff, presidente afastada)”. A uma plateia de trabalhadores do setor naval, Lula afirmou que o afastamento da presidente agride diretamente os seus eleitores e afeta o mercado de trabalho.

Segundo ele, “o único erro de Dilma foi ser honesta”, prevalece no país o “complexo de vira-lata”, referindo-se ao programa de privatização do governo Temer, que pretende repassar à iniciativa privada o controle de segmentos hoje operados pelo Estado.

“O que está em jogo, na verdade, é o direito desse país de ser grande. (Querem) desmontar a Petrobras, que fez a maior descoberta do mundo. Caindo a Petrobras, quebram as siderúrgicas. Tem que discutir isso a fundo. Separar os problemas econômicos, o problema do desemprego”, discursou Lula por meia hora, com a voz ainda mais rouca do que de costume.

Antes de começar a falar, o ex-presidente pediu a ajuda da plateia, porque recebeu recomendação médica de manter-se mudo, por causa de uma irritação na garganta. “Se tivesse juízo, não estaria aqui. Mas nesses tempos difíceis, a gente não pode deixar de falar.”

Críticas
Logo nos primeiros minutos, o ex-presidente criticou antigos aliados que se posicionaram a favor do impeachment de Dilma. “Um companheiro como o Crivella (Marcelo, PRB-RJ), que apoiei tanto, que fala tanto em Deus, não pode cometer essa deslealdade (com a presidente afastada) de quem foi ministro. Como outros que foram ministros. Fiquei muito triste com o comportamento do prefeito do Rio (Eduardo Paes, PMDB) e com o filho do Sérgio Cabral (Marco Antônio Cabral, PMDB-RJ)”, afirmou.

Segundo ele, políticos do PMDB estão descobrindo “um jeito de chegar ao poder sem disputar voto popular”. Sobre o presidente em exercício, Michel Temer, Lula disse não ter “nada pessoal contra” e que “seria digno” ele dizer que vai disputar as eleições em 2018 para saber se vai ser eleito.

Volta
Questionado após o comício se voltará em 2018, Lula respondeu: “Vamos ver. Vamos ver”. Mas, à plateia de trabalhadores, sinalizou que permanecerá no cenário político. “Se mexer (com o trabalhador), o Lulinha Paz e Amor desaparece e volta o Lula para brigar.”

Com a aparência abatida, durante um discurso curto comparado aos que costuma fazer, Lula disse que tem “consciência de que a vida e a natureza podem acabar com qualquer um”. Em seguida, incitou os manifestantes à militância, completando que “com as ideias eles não acabarão”, referindo-se aos opositores políticos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?