Heleno sobre Eduardo e o AI-5: “Tem de estudar como vai fazer”
O ministro do GSI afirmou que a proposta exigiria “estudos”, pois o “regime democrático” determina um trâmite longo nesses casos
atualizado
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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou nesta quinta-feira (31/10/2019) que, se o Brasil registrar manifestações como as do Chile, uma medida deverá ser tomada. Em relação à proposta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), de editar um novo “AI-5”, o general disse: “Se falou, tem de estudar como vai fazer”. As declarações foram dadas ao jornal Estado de S.Paulo.
Para Heleno, uma iniciativa como essa exigiria estudos, pois “o regime democrático” determina que uma proposta como essa passe “por vários lugares”. O general informou, ainda, não ter visto a entrevista do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, em nenhum momento, repudiou a manifestação de Eduardo.
O ministro comparou a dificuldade para emplacar uma regra como o AI-5 ao ritmo lento no qual tramita o pacote anticrime de Sérgio Moro, ministro da Justiça e da Segurança Pública.
Entenda
Em entrevista à jornalista Leda Nagle, Eduardo disse que, se for preciso, poderá haver resposta contra a esquerda no Brasil via “novo AI-5”, referindo-se ao Ato Institucional editado no período mais duro da ditadura militar – que implicou na cassação de direitos civis e políticos, invalidou mandatos, instituiu a censura no país e fechou o Congresso Nacional.
Segundo o parlamentar, se a esquerda brasileira “radicalizar”, uma resposta pode ser “via novo AI-5″. Na entrevista, Eduardo reclamou de que todos os acontecimentos ruins recaem sobre o seu pai.