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Heleno: proposta de tirar de Moro a Segurança não é de Bolsonaro

Ministro disse que o desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública é pedido de secretários estaduais e que tema está em estudo

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
Ausguto heleno
1 de 1 Ausguto heleno - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, foi ao Twitter nesta quinta-feira (23/01/2020) defender o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dos ataques que o chefe do Executivo está recebendo por ter admitido o desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em uma série de seis postagens, Heleno, que é um dos principais conselheiros do presidente, negou que Bolsonaro apoie a iniciativa e cobrou apoio às decisões do presidente – mas não garantiu a manutenção da Pasta liderada por Sergio Moro nos moldes atuais.

“A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do presidente Jair Bolsonaro, e, sim, da maioria dos secretários de Segurança estaduais, que estiveram em Brasília nesse 22 de janeiro. Em nenhum momento o presidente disse apoiar tal iniciativa”, escreveu Heleno.

O ministro disse que Bolsonaro pediu a seus ministros e assessores, incluindo Moro, que estudassem o tema. Em seguida, o ministro pediu que os eleitores apoiem Bolsonaro em seu trabalho.

“Foi esse capitão que, com risco da própria vida, evitou a volta do PT ao governo com Haddad. Esses críticos de plantão nunca fizeram 1% do que foi feito por Bolsonaro. Durante 28 anos, na Câmara, ele conheceu o sistema por dentro e se preparou para derrotá-lo. Isso tudo sozinho”, escreveu, apelando para a emoção.

Veja uma das postagens:

Disputa virtual
Mais cedo, ainda nesta quinta-feira (23/01/2020), o presidente admitiu que pode desmembrar o ministério e diminuir parte do poder de Moro, que ficaria apenas com a Justiça. “É comum receber demanda de toda a sociedade e ontem [quarta-feira] eles pediram para mim a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança. É estudado. É estudado por Moro, mas lógico que o Moro deve ser contra”, comentou Bolsonaro.

“O Rodrigo Maia é favorável à criação da Segurança. Acredito que a Comissão de Segurança Pública, que trabalhou no passado, também seja favorável. Temos que ver como se comporta este setor da sociedade para melhor decidir”, completou o presidente.

Erro do governo
O presidente da Câmara tem defendido abertamente a recriação da pasta que até o fim do governo Michel Temer (MDB) era comandada por Raul Jungmann. “O fim do Ministério da Segurança Pública foi um erro do próprio governo. Eleito com a pauta da segurança pública, acabar com o ministério foi uma sinalização ruim para o próprio governo”, argumentou Maia, nessa quarta-feira (22/01/2020).

O tema mobiliza as redes sociais nesta quinta-feira (23/01/2020). No Twitter, Maia é o alvo e #CassacaoDeRodrigoMaiaJa é a hashtag mais postada do dia. Outra hashtag que faz sucesso é #MinistérioDaSegurançaPúblicaNÃO

A iniciativa é liderada por perfis que apoiam o ministro Sergio Moro e enxergam na medida o lobby de políticos corruptos.

Veja:

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