Heleno diz que governo vai buscar redução das despesas de caminhoneiros
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional afirmou que governo tem “grande apreço” pela categoria
atualizado
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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou, na manhã desta segunda-feira (1°/2), que o governo federal trabalha para buscar recursos para reduzir despesas que recaem sobre os caminhoneiros.
A categoria promove uma paralisação nesta segunda, pedindo redução dos encargos sobre o diesel.
“Governo Federal respeita as aspirações dos caminhoneiros. Pres Rep e Min da Infraestrutura têm grande apreço pela categoria. Vão buscar, junto à área econômica, recursos legais para reduzir despesas que recaem sobre esses abnegados trabalhadores, essenciais ao dia a dia do país”, escreveu o ministro no Twitter.
Governo Federal respeita as aspirações dos caminhoneiros. Pres Rep e Min da Infraestrutura têm grande apreço pela categoria. Vão buscar, junto à área econômica, recursos legais para reduzir despesas que recaem sobre esses abnegados trabalhadores, essenciais ao dia a dia do país.
— General Heleno (@gen_heleno) February 1, 2021
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que estuda, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, medidas para diminuir o impacto da alta no combustível, mas declarou que não tem como fornecer uma resposta imediata.
“Estamos buscando alternativas, mas não são fáceis. Agora, reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve. Todos nós vamos perder, todos sem exceção”, destacou o presidente na quarta-feira (27/1).
O mandatário disse que está pronto para zerar o PIS/Cofins, imposto federal, sobre o diesel, mas apelou que governadores reduzam o ICMS.
“Estamos buscando uma maneira de não ter mais esse reajuste, porque os impostos federais são sobre o diesel, né. Eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que ICMS acompanhasse também essa diminuição”, continuou Bolsonaro.
Motivações
A gota d’água para a greve dos caminhoneiros ocorreu há uma semana, quando a Petrobras anunciou um reajuste de quase 4,5% no preço do diesel, elevando o valor do litro para R$ 2,12. A partir daí, o movimento ganhou corpo, apesar da resistência de associações e federações que ainda estão alinhadas ao Palácio do Planalto.
A insatisfação com o presidente Jair Bolsonaro também aflorou e muitos o acusam de traição. No campo das entidades representativas, há divisão.
No domingo (31/1), um áudio compartilhado em grupos de caminhoneiros inflamou ainda mais os grevistas. Para o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, a divulgação dificultou o trabalho de convencimento dos demais membros da categoria.
No áudio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, conversa com um caminhoneiro da cidade gaúcha de Capão da Canoa e descarta negociação com grevistas. Outros trechos são apontados por caminhoneiros como deboche. Eles reclamam que o ministro teria dito que eles precisam “desmamar” do governo e começar a “pensar como empresários”.