Hang elogia Moro nas redes sociais e é criticado por bolsonaristas
Empresário, que é aliado de Jair Bolsonaro, parabenizou o ex-ministro e atual desafeto do presidente
atualizado
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O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, elogiou, nesta quinta-feira (16/12), o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), desafeto de Jair Bolsonaro (PL). A publicação do empresário, que é aliado do presidente, foi alvo de críticas de bolsonaristas.
Hang compartilhou um vídeo no Twitter em que Moro rebate o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O dono da Havan parabenizou o ex-juiz “por se posicionar contra as mentiras faladas pelo [ex-presidente] Lula”. Moro havia publicado um vídeo na quarta-feira (15/12) dizendo que o petista “quebrou a Petrobras”.
“A Lava Jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas, durante o governo do PT. Parabéns Moro por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula, durante uma entrevista, nesta quarta-feira. Veja o vídeo”, escreveu Hang.
A lava-jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas, durante o governo do PT. Parabéns Moro (@SF_Moro) por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula, durante uma entrevista, nesta quarta-feira. Veja o vídeo. pic.twitter.com/6Xr3o02BSx
— Luciano Hang (@LucianoHangBr) December 16, 2021
Bolsonaro e Moro romperam após o ex-juiz deixar o governo, em abril do ano passado, acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Ambos vão disputar as eleições de 2022, assim como Lula. Já Hang é cotado para uma candidatura ao Senado por Santa Catarina numa aliança com Bolsonaro.
Na publicação, uma seguidora bolsonarista identificada como Amanda Bonoro ironizou: “Ou você é bolsonarista ou é morista, os dois não dá”. Outro internauta, chamado médico Marcos Falcão, indagou: “Tá ficando esclerosado, elogiando esse traíra oportunista?”.
A relação entre Bolsonaro e Hang é tão estreita que o presidente disse, nessa quarta-feira (15/12), em evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que demitiu diretores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após uma obra na loja da Havan, de Hang, ser interditada.