Hallal: “Um pedaço das mortes é responsabilidade direta do presidente”
Epidemiologista afirmou também que os senadores governistas podem defender ações do governo federal, mas as do presidente são indefensáveis
atualizado
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O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal afirmou, nesta quinta-feira (24/6), que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tem responsabilidade direta por parte das mortes por Covid-19.
“Tenho tranquilidade em dizer que um pedaço dessas mortes é de responsabilidade direta do presidente da República, que não é uma figura que se esconde a atrás do governo federal”, declarou Hallal à CPI da Covid.
Segundo ele, quem disse que “a vacina transforma a pessoa em jacaré foi o presidente da República, não foi o governo federal. Quem disse que não ia comprar a vacina da China foi o presidente da República. Muitas vezes a gente confunde a instituição com a pessoa”, continuou.
“Os senadores da base governista são tranquilamente capazes de defender as ações do governo federal, mas as do presidente da República são indefensáveis”, acrescentou.
Mais cedo, Hallal destacou que, ao menos, 400 mil das 507 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil se o governo federal não tivesse ignorado as primeiras ofertas de vacinas e tivesse adotado medidas necessárias para frear o vírus.
A audiência pública conta também com a participação da diretora-executiva da Anistia Internacional Jurema Werneck. O encontro é para debater a condução da pandemia de Covid-19 no Brasil.