Haddad quer debater “modelo econômico” com Bolsonaro
O petista, agora no 2º turno, apostará nas comparações do projeto do PT com o modelo liberal defendido pelo candidato do PSL
atualizado
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O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, sinalizou que as discussões sobre economia serão estimuladas durante sua campanha no segundo turno. O modelo econômico a ser seguindo no país, a depender do resultado das eleições, é um dos temas que o petista quer ver confrontado com seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL) ao longo da campanha.
“Não se pode ter uma tema tabu em uma campanha. Temos que discutir todos. Mas eu acho que o que devemos debater é muito o modelo econômico. O neoliberalismo que ele propõe e o Estado de bem estar social que nós propomos”, disse o petista. “Pretendo ir a todos os debates. Fui a todas as sabatinas para as quais eu fui convidado”, argumentou.
Ajustes
Nesta segunda-feira (8/10), após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, Haddad também sinalizou que, para conquistar apoios, não oferecerá resistência a possíveis “ajustes” no programa de governo apresentado pelo PT que o candidato define como uma “proposta de desenvolvimento com inclusão social”.
“Temos todo interesse que as forças democráticas estejam unidas neste projeto”, disse o petista, que pretende conversar, mais detalhadamente, com Ciro Gomes, candidato derrotado do PDT que apoiará Haddad no segundo turno. Haddad observou que na fase pre-campanha, as conversas com o PCdoB sobre o tema fluíram sem dificuldades e que, da mesma forma, o PT está aberto a proposta dos apoiadores.
“Tivemos total tranquilidade em ajustar parâmetros em nossa proposta em nome dessa grande aliança que nós pretendemos fazer para resgatar uma perspectiva de reafirmação de direitos e de valores democráticos”, disse Haddad. “O que queremos é buscar um texto que tenha maior respaldo da sociedade”, completou.