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Haddad promete punição para militares que “sabotarem” democracia

O petista comentou as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, sobre possível questionamento do novo eleito

atualizado

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Cláudio Kbene/Instituto Lula
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1 de 1 haddad - Foto: Cláudio Kbene/Instituto Lula

O candidato a Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, em entrevista concedida ao UOL, Folha de S.Paulo e SBT, nesta segunda-feira (17/9), comentou as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, sobre a possibilidade de se “questionar a legitimidade” do próximo eleito para o cargo.

Haddad lembrou que a Constituição Federal estabelece que o comandante em chefe das Forças Armadas é o presidente da República e que, em seu eventual governo, qualquer ataque à democracia, feito por pessoas submetidas à hierarquia do Estado, será submetida a ato disciplinar.

O militar defendeu este questionamento logo após o atentado sofrido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, no último dia 6 de setembro. Segundo Villas Bôas, “o atentado confirma que estamos construindo dificuldades para que o novo governo tenha estabilidade, para a sua governabilidade, e podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada”, disse o militar, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo.

Haddad, respondeu que não vai admitir “sabotagem” ao seu governo e à democracia no país. “Quem está debaixo de uma hierarquia não vai poder sabotar a democracia”.  “Não vai ter acordo. Não nos peçam outra coisa”.  “Divergência democrática é uma coisa, mas as regras do jogo, todo brasileiro tem que defender. Nós temos que seguir a cartilha da democracia”, enfatizou.

O petista assumiu a disputa como cabeça de chapa, após a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentada pelo PT, ter sido barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral. (TSE) no dia 31 de agosto. O PT anunciou Haddad como o substituto na corrida presidencial no dia 11 de setembro. De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada na sexta (14), Haddad subiu de 9% para 13% das intenções de voto, empatado tecnicamente em segundo lugar com Ciro Gomes (PDT, 13%). Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 26%.

Lula
Haddad afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é seu “interlocutor permanente” e que será ouvido em um eventual governo. O presidenciável ponderou, no entanto, que quem assina leis e decretos é o presidente da República, ao ser perguntado se quem mandará em um eventual governo será Lula ou ele, escolhido como candidato após o ex-presidente ser barrado pela Justiça Eleitoral.

“Isso é a lei quem manda, o presidente da República é que assina a lei. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula”, disse Haddad, em sabatina promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT na capital paulista. Perguntado se daria indulto ao ex-presidente Lula, Haddad afirmou que o petista, condenado e preso em Curitiba, não troca sua “dignidade” por “liberdade”. O candidato declarou esperar que Lula seja absolvido e que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas deverá julgar o mérito de seu processo no primeiro semestre do ano que vem.

Aceno a Ciro
Na sabatina, Fernando Haddad acenou para o presidenciável Ciro Gomes (PDT), afirmando que o pedetista poderá se aliar aos petistas em um eventual segundo turno e até participar de um futuro governo. Além disso, Haddad admite negociar com o PSDB em um eventual segundo turno contra um “mal maior”, que seria enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) na segunda etapa da disputa.

Haddad revelou ter sido convidado para ser vice de Ciro e acrescentou que o pedetista também poderia ter sido vice do PT na eleição. “Continuarei lutando para estarmos juntos. Será possível no segundo turno e mais ainda no governo”, disse o candidato do PT. “Não saberia dizer em que condições o PSDB está disposto a apoiar uma candidato do PT contra o Bolsonaro”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo, pontuando que há dois tipos de apoios: “para evitar um mal maior ou para pensar em uma agenda nacional”.

Com informações da Agência Estado

 

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