Haddad promete equipe “coesa” entre Fazenda e Planejamento
De acordo com Haddad, a escolha de sua equipe dependerá do Ministério do Planejamento, que ainda não tem uma indicação
atualizado
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Fernando Haddad, ministro da Fazenda confirmado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou afirmou nesta sexta-feira (9/12) que, na próxima semana, após a diplomação do presidente da República, iniciará sua agenda na pasta. “Terei agenda na semana que vem, na semana toda, após a diplomação”, disse.
“Após a diplomação também começaremos as reuniões de trabalho e escolha dos secretários”, afirmou. “Teremos uma agenda coesa e plural”, completou. Para Haddad, é necessária a escolha do ministro do Planejamento para que as equipes sejam “coesas”.
Haddad ainda não fez convites formais para a composição de sua equipe, mas em sua mesa já tem nomes. “Já somei muita gente”, disse. Haddad também prometeu uma coletiva de imprensa na próxima terça-feira (9/12)
Sobre o novo arcabouço fiscal que será proposto pelo PT, Haddad afirmou que vai ouvir o técnicos e a academia para saber o que é melhor para o país. “O novo arcabouço sai ano que vem, temos prazo constitucional”, disse. “Temos que ter uma agenda para o ano que vem forte, com acordos como Mercosul-União Europeia e reforma tributária”, disse. Haddad não citou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Gastador”
Haddad rebateu as críticas sobre o perigo de se tornar um ministro da Fazenda “gastador” e não ser o nome preferido do mercado – economistas e investidores queriam Henrique Meirelles ou Armínio Fraga. “Fui o primeiro prefeito a conseguir alto grau de investimento no país. Só olhar minha trajetória”, declarou. “O tempo da fake news acabou”, completou.
Durante sua gestão na cidade de São Paulo, por exemplo, Haddad renegociou a dívida da cidade com a União, mudando o indexador e a taxa de juros aplicada. O débito com a União caiu para R$ 29 bilhões em sua gestão. Antes era de R$ 79 bilhões.
Desmembramento
Fazenda e Planejamento são consideradas pastas “irmãs”, por uma ser técnica e outra política. No governo de Jair Bolsonaro, houve a junção dos ministérios, que transformou a Fazenda em Economia, como no governo de Fernando Collor.
Paulo Guedes, que tinha o status de “superministro”, chegou a ter em seu guarda-chuva a Previdência Social e Trabalho. Em 2021, a então secretaria voltou ao status de ministério.