Haddad mostra otimismo sobre queda na taxa de juros: “Há um consenso”
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira (27/6) a ata do Comitê de Política Monetária (Copom)
atualizado
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Horas após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), nesta terça-feira (27/6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou otimismo com a queda na taxa básica de juros (Selic).
“Penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juro. Acho que ficou claro que nós estamos no caminho certo e eu penso que a economia brasileira — em virtude da desaceleração do crédito no Brasil, que é muito acentuada —, precisa considerar o esforço que está sendo feito pelo governo e as trajetórias das variáveis todas”, afirmou Haddad na saída do Ministério da Fazenda.
O ministro ressaltou ainda que “há uma sinalização clara de uma boa parte da diretoria de que os efeitos das taxas de juros elevadas produziram os resultados e de que o risco fiscal está afastado”.
“Isso é o mais importante. O Brasil está numa trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal com a monetária, que é algo que eu defendo desde dezembro, eu acredito que possa acontecer brevemente”, completou.
Seis dias depois de decidir pela manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, o Copom reiterou as preocupações com a resiliência da inflação no Brasil, mas abriu caminho para a possibilidade de “um processo parcimonioso de inflexão” a partir do próximo encontro do comitê, em agosto.
Ata do Copom
De acordo com a ata do Copom, o processo de desinflação no Brasil teve velocidade maior em um estágio inicial. Entretanto, neste momento, vem ocorrendo de forma mais lenta, o que demanda “serenidade e paciência na condução da política monetária”.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, diz o Copom.