Haddad: Judiciário feriu Brasil ao ignorar opinião de comitê da ONU
Segundo ex-prefeito, o mais importante para campanha do PT é fazer o programa de governo de Lula chegar à população
atualizado
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Em entrevista a uma rádio de Maceió, na manhã desta segunda-feira (3/9), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que a decisão do Judiciário em não acatar a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que defendeu o direito do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disputar as eleições, prejudica o Brasil na arena internacional por ferir o princípio da soberania popular.
“O país já vem debilitado, em função do Temer, e vai ficar mais ainda agora. Mais uma razão para resgatarmos o projeto que não só respeitava a soberania do povo como colocou o Brasil com destaque enorme do ponto de vista internacional. O Brasil era o país mais importante no começo do século a partir da posse de Lula”, comentou Haddad, candidato a vice na chapa do PT para a disputa presidencial.
Na entrevista, Haddad afirmou que, se pudesse fazer um pedido a um gênio, pediria eleições livres com Lula na urna. “É o certo, e justo, e o correto, é o que o Brasil quer.” Para o petista, “votar 13 nas próximas eleições é votar no Brasil que deu certo. É devolver o País para os brasileiros”.
Haddad destacou o encontro desta segunda com Lula, preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, a fim de definir a estratégia da legenda, após a decisão do TSE que barrou a candidatura do ex-presidente. Segundo Haddad, o mais importante agora é fazer o programa de governo de Lula chegar à população. “Já visitei todos os Estados do Nordeste. Cheguei em praça com 20 mil pessoas. Se Lula estivesse presente, esse número seria maior. Porque as pessoas estão atrás de uma esperança. Estão sofrendo na pele o golpe de 2016 e elas veem no Lula o resgate da dignidade do povo brasileiro”, frisou o ex-prefeito paulistano