Haddad: “Forças Armadas se colocando nas mãos de Bolsonaro é erro crasso”
Ex-presidenciável endossou críticas ao alinhamento político de militares das Forças Armadas ao atual governo federal
atualizado
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O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) criticou, nesta terça-feira (14/7), a adesão das Forças Armadas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobretudo no Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello há dois meses.
Em uma rede social, Fernando Haddad disse que as Forças Armadas cometem um “erro crasso” ao “não traçar com nitidez a linha que separa a instituição do governo”.
“Isso independe da avaliação final que a população fizer de Bolsonaro. Não se aposta a sorte de uma instituição de Estado; menos ainda colocando-a nas mãos de um inepto”, escreveu o ex-prefeito de São Paulo (SP), que foi candidato à presidente da República, mas perdeu no segundo turno para Bolsonaro.
Leia o comentário:
Ao não traçar com nitidez a linha que separa a instituição do governo, as Forças Armadas cometem erro crasso. Isso independe da avaliação final que a população fizer de Bolsonaro. Não se aposta a sorte de uma instituição de Estado; menos ainda colocando-a nas mãos de um inepto.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) July 14, 2020
As críticas sobre a estreita relação entre os militares e o atual presidente ganharam corpo, nesse sábado (11/7), com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O magistrado disse que o Exército está se associando a um “genocídio”, ao se referir à crise sanitária instalada no país em meio à pandemia do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.