Haddad diz que “transição ecológica” vai “neoindustrializar” o Brasil
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Brasil não vê antagonismo entre desenvolvimento e transição ecológica
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (27/6), que a transição ecológica vai neoindustrializar o país. A declaração foi dada em discurso no evento “Ontem, Hoje e Amanhã”, do Fundo de Investimento Climático (CIF), em Brasília.
“O Brasil tem um povo que deseja essa preservação, deseja conciliar produção com preservação, não vê antagonismo entre desenvolvimento e transição ecológica. Vê, pelo contrário, uma transição ecológica como oportunidade de neoindustrializar o Brasil em novas bases, em novos termos”, afirmou.
Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que todos os 37 ministérios pensem de forma coordenada essa transição, com instrumentos de estímulo.
A questão tributária deverá desempenhar papel importante nesse processo. De acordo com o ministro, a reforma tributária, que está prestes a ser votada na Câmara dos Deputados, trará um imposto seletivo, “que vai fazer a diferença na questão ambiental e na questão de saúde pública” e será um instrumento moderno voltado à essa transição ecológica.
Ele ainda salientou que esse imposto seletivo, aliado ao mercado de carbono, se traduzirá em uma “combinação virtuosa”.
Ainda de acordo com o ministro, até o fim deste ano, o Brasil vai estar sintonizado com as melhores práticas internacionais relativas à economia verde. “Quem queira se envolver com produção verde vai ter de olhar para o Brasil, porque nenhum outro país vai oferecer tantas condições quanto o Brasil”.