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Haddad diz que futuro governo ainda discutirá “novo arcabouço fiscal”

Cotado para Ministério da Fazenda, ex-prefeito de SP adiantou que o novo desenho fiscal do país contemplará governos estaduais

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Fernando Haddad e chega ao CCBB para reuniões do governo de transição - Metrópoles
1 de 1 Fernando Haddad e chega ao CCBB para reuniões do governo de transição - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (30/11), após reunião como presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o novo “arcabouço fiscal” do país ainda não está sendo desenhado, pois a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição teria o objetivo, dentre outros, de ganhar tempo para um novo desenho fiscal do futuro governo.

“Não está desenhado agora, pois é pouco tempo de tramitação da PEC e a proposta é para ganhar tempo para um novo desenho”, disse Haddad. O petista é preferido para ocupar o Ministério da Fazenda. “Nós temos uma perspectiva boa de aprovar a reforma tributária ano que vem. Com ela, remeteremos para o Congresso Nacional um novo arcabouço fiscal, contemplando governos estaduais”, afirmou.

De acordo com Haddad, o relatório do GT de Economia, ao qual se integrou, deve ficar pronto antes dos de outros grupos de trabalho da transição. “Foram seis horas de reunião, falamos sobre eficiência dos gastos públicos, qualidade dos gastos. Todos os grupos devem apresentar o relatório dia 12 de dezembro, mas nós devemos apresentar antes ao presidente”, declarou.

“O Orçamento que foi encaminhado pelo governo [Bolsonaro] é muito desfigurado, com muitas rubricas praticamente canceladas, próximos de zero os investimentos”, disse. Como pontos sem recursos, o petista elencou o Minha Casa, Minha Vida, DNIT e verba para merenda escolar.

A agenda de Lula esteve cheia nesta quarta. Como noticiou o Metrópoles, o presidente eleito se encontrou com Arthur Lira, presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, além de outras lideranças. A pauta das reuniões tem sido a PEC que busca tirar o pagamento do Bolsa Família – no valor de R$ 600 – da regra do teto de gastos por quatro anos.

Ainda nesta quarta, a federação PSDB-Cidadania declarou que a poiará a PEC, desde que o texto tenha a vigência de um ano. Os partidos defendem a revisão do teto de gastos no próximo ano.

Lula com Biden 

Haddad sinalizou que Lula deverá se encontrar com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, antes da posse como presidente, em 1º de janeiro de 2023. “Há muitos convites de muitas potências. Há convite para a China, mas deve ser depois, não há tempo hábil para duas viagens desse porte”, declarou o ex-prefeito de São Paulo.

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