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Haddad defende votação de Carf, marco fiscal e tributária e projeta 400 votos

Ministro Fernando Haddad defendeu a votação dos três projetos da pauta econômica antes do recesso parlamentar e citou possível prejuízo

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida do ministro Fernando Haddad - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Depois de se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes partidários, na tarde desta quinta-feira (6/7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que os três projetos da pauta econômica sejam aprovados antes do recesso parlamentar e citou possível prejuízo caso as aprovações do projeto de lei (PL) que retoma o voto de confiança no Carf e as alterações no marco fiscal só saiam em agosto.

Além dessas duas matérias, espera-se a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Lira tenta votar os textos até sexta-feira (7/7), para que os deputados iniciem o recesso informal de meio de ano – pela Constituição, o recesso vai de 18 a 31 de julho, mas está condicionado à aprovação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o que não ocorreu neste ano.

“A bem da verdade, nós precisamos dos três textos analisados para, a partir de agosto, entrar com novas medidas para fazer o equilíbrio que a gente espera para o ano que vem. Então, tem muita coisa ainda para acontecer este ano. O ideal é limpar a pauta”, disse Haddad em entrevista a jornalistas ao regressar para o Ministério da Fazenda. A reunião com os deputados ocorreu na Residência Oficial da Presidência da Câmara. Após o encontro, Haddad se reuniu com Lula no Palácio do Planalto.

Perguntado se há prejuízo se as votações ficarem para agosto, o ministro respondeu afirmativamente:

“Algum [prejuízo] sempre há, porque nós estamos na elaboração do orçamento. Você não entrega um orçamento em 30 de agosto começando a elaborar em 10 de agosto. Você não faz em 20 dias o orçamento. Então, a aprovação do marco fiscal e do Carf ajuda a distribuir as cotas para os ministérios, para uma série de procedimentos administrativos que ficam mais sólidos com as peças já aprovadas.”

Placar de votação

O ministro mostrou otimismo ao falar sobre a expectativa de votos. No caso da reforma tributária, por se tratar de uma PEC, são necessários 308 votos dos 513 deputados, em dois turnos de votação. Ele afirmou que busca “o maior apoio possível”. “A gente está ambicionando chegar numa votação muito expressiva.”

Ele citou a aprovação do marco fiscal na primeira votação na Câmara (antes de seguir para análise do Senado), quando foram obtidos 372 votos favoráveis e 108 contrários.

“Nós temos tido muito sucesso nas votações, tem superado sempre 350 votos, beirando os 400. Eu não acho que chega a dar diferente nesses três casos”, finalizou.

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