metropoles.com

Haddad: Bolsonaro fez “farra na eleição” que levou à subida dos juros

Além de criticar o patamar dos juros, o ministro Fernando Haddad disse que Bolsonaro “talvez seja a pessoa mais limitada” que já viu na vida

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Haddad fala a prefeitos no CNM
1 de 1 Haddad fala a prefeitos no CNM - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quarta-feira (17/5), em audiência na Câmara dos Deputados, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou medidas eleitoreiras em 2022 que classificou como “farra” e que teriam levado ao aumento da taxa de juros. Ele citou, por exemplo, as desonerações de alguns setores e a expansão de benefícios sociais às vésperas do pleito.

Em agosto do ano passado, os juros chegaram a 13,75%, porque houve uma farra durante as eleições. Tudo somado, nós chegamos, em termos anualizados, a R$ 300 bilhões. Gasto anualizado durante as eleições, entre desonerações, gastos adicionais, auxílios, tudo aquilo que foi feito de maio a junho do ano passado até a eleição. Teve também a PEC dos precatórios, calote dos precatórios”, disse Haddad.

O Copom subiu a Selic de 13,25% para 13,75% (atual patamar) em agosto do ano passado. É o maior nível desde janeiro de 2017.

O ministro ainda citou “descontrole das contas públicas” e lembrou que a inflação durante a gestão passada, que enfrentou a pandemia de Covid, atingiu dois dígitos.

“Então, a autoridade monetária subiu a taxa de juro por completo descontrole das contas públicas, absoluto descontrole das contas públicas. Há de se pensar que deveria chegar em 13,75%, mas vamos combinar que a inflação estava em dois dígitos durante o governo Bolsonaro.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais integrantes do governo têm criticado de forma recorrente a atual taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Na última reunião, no início de maio, o Copom decidir manter a Selic em 13,75% ao ano.

Nesta quarta, Haddad salientou que tem relação respeitosa com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e defendeu o debate sobre o atual patamar dos juros. Na visão do ministro, a conjuntura atual é diferente e, por isso, defendeu uma revisão dos juros.

“Nunca desrespeitei o presidente do Banco Central em nenhuma fala minha. E vice-versa. Nunca o Roberto Campos me desrespeitou em nenhuma fala. E é assim que se constrói. Nós estamos debatendo o Brasil, não causas pessoais”, pontuou.

“Pessoa mais limitada”

Em outro momento da audiência, em resposta a um comentário do deputado Evair de Melo (PP-ES), aliado de Bolsonaro, Haddad disse que o ex-presidente “talvez seja a pessoa mais limitada” que ele já viu na vida.

O ministro ainda acusou o governo anterior de registrar o pior crescimento da história brasileira.

Audiência na Câmara

Haddad participou, por quatro horas e meia, de audiência conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Ele foi convidado para comparecer para tratar da política econômica do governo Lula.

Veja como foi:

A ida do ministro foi sugerida pelos deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES), Paulo Guedes (PT-MG), Rodrigo Valadares (União-SE), Kim Kataguiri (União-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?