metropoles.com

Haddad após ata do Copom: “Banco Central também tem que nos ajudar”

Ministro Haddad disse que a ata da última reunião do Copom, que manteve a taxa básica de juros em 13,75%, veio “em termos mais condizentes”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Stuckert/PR
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com o presidente Lula e lideranças políticas no Planalto. Ele gesticula enquanto fala diante de microfone - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), cujo conteúdo foi divulgado nesta terça-feira (28/3), veio “em termos mais condizentes”, mas indicou: “O Banco Central também tem que nos ajudar”.

A última reunião do Copom, realizada na quarta-feira (22/3), manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

“Está em linha com o comunicado, mas da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata — com mais tempo de preparação — veio com termos, eu diria, mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, respondeu Haddad ao ser questionado sobre como recebeu a ata.

No texto divulgado na manhã desta terça, o Copom apontou que um “arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno”. Isso ocorrerá no caso de “reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”.

Ao mesmo tempo, o Comitê inclui as novas regras fiscais entre os fatores de risco para os cenários que traça sobre a inflação. São eles “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais”, “a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública” e “uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos”.

Na ata, o BC ainda pontuou que há uma inflação de demanda, e que é preciso “serenidade e paciência” na condução da política monetária para garantir a convergência da inflação para suas metas. Questionado se o governo vai anunciar novas medidas para ajudar a autoridade monetária, o ministro respondeu:

“O Banco Central também tem que nos ajudar, né? É um organismo que tem dois braços, um ajudando o outro. Eu sempre insisto nessa tese, porque dá a impressão de que um é espectador do outro, e não é assim que a política econômica tem que funcionar”.

E prosseguiu: “São dois lados ativos concorrendo para o mesmo propósito, o mesmo objetivo, que é garantir crescimento com baixa inflação. E isso só é possível pela harmonização da política fiscal com a monetária”.

Haddad ainda salientou que o governo está fazendo um “trabalho de combate forte à sonegação, revendo algumas desonerações que, do nosso ponto de vista, não se justificam mais, sem tirar o pobre do orçamento”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?