“Há consenso sobre adiar eleição”, diz presidente do TSE
Roberto Barroso disse que ideia, contudo, é não jogar para o 2021, o que exigiria prorrogação de mandatos de vereadores e prefeitos
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, afirmou, nesta segunda-feira (08/06), que há “consenso” entre a Corte e o Congresso para adiar as eleições deste ano. A declaração foi dada à “Live JR“, da TV Record.
“Há um certo consenso médico de que o adiamento das eleições por algumas semanas é bom, mas todos concordam que é possível fazer neste ano, porque nos primeiros meses de 2021 o quadro epidemiológico vai estar muito semelhante”, disse ele.
Barroso se reuniu, nesta segunda-feira, com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para debater o tema. A mudança na data das eleições precisa necessariamente ser instituída em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que precisa tramitar no Congresso.
Maia, que já vinha defendendo o adiamento do processo eleitoral, voltou a garantir, em entrevista à CNN, que ela não deve envolver a prorrogação de mandatos, ou seja, que, mesmo que seja adiada, a eleição será ainda em 2020. “Precisamos respeitar o resultado das urnas, que garantiu a prefeitos e vereadores o mandato de quatro anos. Nada que não saia das urnas pode ser prorrogado”, declarou.
A expectativa de Barroso é de que a nova data seja entre o final de novembro e as primeiras semanas de dezembro e, até lá, será preciso pensar, segundo ele, em um mecanismo de higienização para minimizar os riscos de infecção pelo coronavírus.
A estratégia, adiantou, deve envolver inclusive a atração de empresas para doar luvas, máscaras e álcool em gel: “Vamos precisar que a iniciativa privada apoie a democracia brasileira e proteja nossos 1,8 milhão de mesários. Queremos zelar pela saúde deles e dos eleitores”.
Para este ano, a previsão é de que a eleição fosse feita no dia 4 de outubro, com o segundo turno marcado para o dia 25 do mesmo mês.